Equipe de transição tenta adiar votação das listas tríplices no TRF1
Ontem, o senador eleito Flávio Dino esteve na presidência do tribunal, para tentar emplacar o adiamento. Alckmin também entrou na história
atualizado
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O senador eleito Flávio Dino, do PSB, ajudará a coordenar as áreas da Justiça de Segurança Pública, como integrante da equipe de transição do governo Lula. Ele disse ontem a jornalistas que vai “contribuir durante a transição para que o entulho bolsonarista possa ser removido rapidamente”.
A “coordenação” de Flávio Dino, cotado para ser ministro da Justiça, já começou ontem mesmo. Ele foi até a presidência do TRF1, com jurisdição no Distrito Federal e mais 13 estados, para tentar adiar a votação das listas tríplices de desembargardores federais que integrarão o tribunal. Quer evitar, assim, que Jair Bolsonaro tenha tempo de escolher os nomes.
O PT também mobilizou uma associação de juízes para que entrasse com um pedido de adiamento no Conselho Nacional de Justiça, mas, como o pedido foi distribuído a princípio para um conselheiro não muito simpático à causa, conseguiram que o caso mudasse de mãos. Está agora com Luis Felipe Salomão.
O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, também entrou na história e pediu para falar com o presidente do TRF1, José Amilcar Machado.
Observadores do Judiciário não estão gostando do que julgam ser uma intromissão indevida — e com mão pesada — da parte de Flávio Dino e do PT.
Hoje, Lula tem encontro agendado com Rosa Weber e Alexandre de Moraes. O presidente eleito quer melhorar a relação entre o Executivo e o Judiciário.