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Celso Amorim, o espantoso, e a sua ideia de nova eleição na Venezuela

Saiu da cachola de Celso Amorim a ideia de um “segundo turno” na Venezuela. Ele iguala Maduro, que roubou, à oposição, que foi roubada

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Foto colorida do assessor especial da Presidência, Celso Amorim, em encontro com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do assessor especial da Presidência, Celso Amorim, em encontro com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro - Metrópoles - Foto: Divulgação/Twitter

O chanceler de verdade do Brasil, o senhor Celso Amorim, é um espanto. Os jornalistas Andrea Jubé e Fernando Exman descobriram que saiu da cachola dele a ideia de realização de nova eleição presidencial na Venezuela, como se fosse uma espécie de “segundo turno”.

A ideia de Celso Amorim foi revelada pelo presidente da República na reunião ministerial do último dia 8, que aconteceu a portas fechadas. 

Como o ditador Nicolás Maduro se declarou vencedor e a oposição também, o chanceler de verdade do Brasil acha que a saída é organizar nova eleição, mas agora com a presença de observadores da União Europeia.

Celso Amorim sublinhou, porém, que a União Europeia precisaria levantar as sanções contra o regime de Nicolás Maduro para que o ditador seja convencido a concordar com um segundo pleito. Ou seja, a União Europeia tem de pagar um resgate pelo sequestro da democracia venezuelana perpetrado pelo ditador.

É tudo fantástico. O verdadeiro chanceler do Brasil acredita que Nicolás Maduro possa ter razão ao declarar-se vencedor, apesar de ele ter sumido com as atas eleitorais, ter prendido mais de mil opositores, ter matado vinte pessoas e estar ameaçando quem ousa denunciar o roubo que ele perpetrou — roubo atestado pela Fundação Carter, entre outras organizações que testemunharam a gatunagem de perto.

A oposição tem documentos que provam que o seu candidato, Edmundo González Urrutia, foi o grande vencedor, mas Celso Amorim acredita que há um impasse, igualando ambos os lados. Não há impasse coisa nenhuma. O que há é um roubo descarado perpetrado pelo ditador. Roubo que vem sendo legitimado pela recusa de Lula  em reconhecer a vitória de González Urrutia e para cujo produto uma nova eleição só serviria como lavagem.

É impossível Nicolás Maduro aceitar qualquer resultado eleitoral que não seja a sua vitória. Já era assim antes da sua última gatunagem, será assim até que ele seja apeado do poder. Celso Amorim é um espanto até para quem acha que já se espantou com tudo. Nova eleição presidencial na Venezuela, meu senhor? Por que não também no Brasil, já que Bolsonaro diz que venceu?

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