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A linguagem fascista de Lula

Lula pratica o ódio ao desumanizar cidadãos, chamando-os de “animais selvagens” e pregando a sua “extirpação”, tal como faziam os fascistas

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imagem colorida de Lula em entrevista coletiva na Bélgica, com as bandeiras do Brasil e da União Europeia ao fundo - Metrópoles
1 de 1 imagem colorida de Lula em entrevista coletiva na Bélgica, com as bandeiras do Brasil e da União Europeia ao fundo - Metrópoles - Foto: Secom/Presidência

Em entrevista coletiva ao final da sua viagem a Bruxelas, Lula disse o seguinte sobre os cidadãos acusados de atacar o ministro Alexandre de Moraes e sua família, no aeroporto de Roma:

“Nós precisamos punir severamente pessoas que ainda transmitem ódio, como o cidadão que agrediu o ministro Alexandre de Moraes no Aeroporto de Roma. Um cidadão desses é um animal selvagem, não é um ser humano.”

E continuou: 

“Essa gente que renasceu no neofascismo colocado em prática no Brasil tem que ser extirpada, e nós vamos ser muito duros com essa gente, para eles aprenderem a voltar a serem civilizados. Queremos paz, trabalho, emprego, educação, saúde e viver bem.”

O presidente da República que não quer transmitir o ódio pratica o ódio ao desumanizar acusados que foram submetidos a medidas judiciais de exceção, sobre as quais não tratarei aqui. O ódio de Lula tem selo : desumanizar seres humanos é uma prática fascista comum.

Na linguagem fascista, os adversários políticos, os alvos de ódio étnico e os criminosos são comparados a animais — ratos, baratas, macacos — a ser naturalmente extirpados, verbo utilizado por Lula. Trata-se de eliminar quem é considerado praga, infecção, câncer. De suprimir moral e fisicamente todos aqueles que atrapalhariam, pela ação ou pela mera existência, a busca por paz, trabalho, emprego, educação, saúde, viver bem. Que seriam ameaça ao funcionamento perfeito do sistema ideológico.

Como querem a total harmonia social (essa é a pretensão totalitária), fascistas devem ser “duros com essa gente, para eles aprenderem a voltar a ser civilizados”. É preciso disciplinar a malta incivilizada que não se submete. É imperioso dar-lhe uma lição definitiva (Mussolini foi professor na juventude e levaria esse tipo de discurso adiante, como Duce). O convencimento racional, a argumentação, a discussão, a diferença, a divergência incancelável, o devido processo legal, não são admitidos na harmonia fascista. Não cabem nos seus limites estreitos que são vendidos paradoxalmente como se fossem libertadores.

Só os vídeos das câmeras de segurança do aeroporto de Roma poderão esclarecer o que realmente ocorreu entre os acusados e os acusadores. Mas não é preciso vídeo para constatar que Lula usa a linguagem fascista para acusar cidadãos de fascismo.

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