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Varejo: Humanização é um dos principais tons das mudanças no setor

O consumidor cobra cada vez mais clareza de posicionamento e de propósito das marcas, afirma a especialista Camila Salek

atualizado

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1 de 1 varejo - Foto: David Dvořáček/Unsplash

O consumidor está cada vez mais voltado para um consumo consciente e o varejo precisa estar alinhado a isso, mesmo os pequenos e médios lojistas. O mundo vive um momento de grandes transformações e o varejo não só acompanha, como potencializa essas mudanças.

O hábito do consumo sustentável está intimamente relacionado  a todas as nossas atividades, que inclui o nosso estilo de vida e os nossos aprendizados, e vai além do meio ambiente. São mudanças no âmbito social, cultural e econômico.

Sai na frente hoje quem expõe seu tom de voz, valores e diferenciais emocionais e funcionais, que se mostra preocupado com o bolso do consumidor e apresenta ofertas pautadas em sustentabilidade, saúde e bem-estar.

A visão da sustentabilidade ganhou bastante força no sentido de reduzir, otimizar e reutilizar, com o desenvolvimento de soluções mais duradouras e flexíveis, favorecendo a extrema consciência do que realmente precisamos e aquilo que se adequa a um novo estilo de vida mais dinâmico, integrado e prático.

As marcas estão começando a entender e expressar sua posição na sociedade, e não somente investir na compra e venda de produtos ou serviços. O papel delas como impulsionadoras das novas gerações na educação e conscientização da sociedade passou a ser questionado pelos consumidores.

Mas atenção! Ao levantar bandeiras de causas, é preciso estar verdadeiramente envolvido e pronto para responder aos questionamentos.

Com um consumidor que cobra cada vez mais clareza de posicionamento e propósito das marcas com as quais se relaciona, toda ativação, inclusive comercial, deve carregar uma mensagem capaz de gerar identificação, envolvimento e engajamento.

É hora de focar na  manutenção dos resultados da relação transacional – comprar e receber os produtos – e evoluir  a construção de uma melhor experiência de compra para diferentes momentos da jornada de consumo.

Hoje ainda vivemos a realidade de que o varejo entrou no piloto automático, implementando inúmeras inovações do dia para a noite, guiado pela cobrança rápida por respostas, que gerou ansiedade e provocou uma força de ação, mas tirou o hábito humano de refletir, questionar e fazer perguntas. Por isso, a necessidade de humanização das marcas e das  relações que constrói, nunca foi tão urgente.

O dinheiro não é a única moeda. A habilidade de conectar pessoas umas com as outras e com experiências também passa a ter valor na corrida que estou chamando de renascimento do varejo. E, nesse sentido, enxergar o consumidor com empatia é um dos primeiros passos para praticar o soft sell e evitar enfiar goela abaixo produtos e serviços que ele não está precisando naquele momento. Entender suas necessidades e demandas são grandes pontos altos dessa relação que também exige criatividade e inovação.

Camila Salek é especialista em varejo, relações de consumo, palestrante e fundadora da Vimer Retail Experience.

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