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Um micromanual de bolso para viralização

Especialista em criatividade explica que segredo está em observar o mundo, fazer conexões e propor soluções

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Um micromanual de bolso para viralização – Metrópoles
1 de 1 Um micromanual de bolso para viralização – Metrópoles - Foto: miodrag ignjatovic/Getty Images

Bom, bora lá: fui convidado para escrever sobre ideias disruptivas para viralização. Sabe esses vídeos virais? Tem um que pegou geral: aparece um touro correndo atrás de um homem, e aí, quando ele vai bater, surge uma vendedora correndo, como se fosse empurrada pelo animal, e anuncia produtos de dentro de uma loja.

Então, antes de mais nada, gostaria de dizer que tudo que estiver descrito aqui é baseado nos conhecimentos que adquiri ao ser um entusiasta por esse tema. Logo, acredito que cada um deva ter sua percepção para formular seu pensamento para atingir o objetivo de suas atitudes.

Começo com uma provocação: nossas ideias não são disruptivas; disruptivo é o mundo em que vivemos. Você já parou para observar que, para toda evolução acontecer, antecedeu-se uma disrupção? Pois é, no português claro e direto, disrupção significa “interrupção do curso normal de um processo”. E é isso que acontece o tempo todo com o mundo. De alguma forma, ele vem nos avisando que algo vai mudar, se adaptar, surgir, romper para que venha, seguida a essas disrupções, uma evolução.

Não preciso trazer exemplos para que visualizemos esse raciocínio. Na real, temos de perceber que isso pode estar ocorrendo agora mesmo enquanto eu digito esse texto, dentro da minha casa, com um simples copo de vidro que se quebra. Provavelmente, ao quebrar, o curso normal do processo do meu mundo estará sendo interrompido. E cabe a mim, me adaptar a ele, arrumando uma solução. E, com isso, vem a evolução.

Então, pera aí? Você está querendo dizer que a disrupção provoca a evolução? Sim, o mundo traz a disrupção e, nós — seres humanos —, propomos a evolução. A evolução é inerente à nossa existência. Estamos sendo testados a cada segundo. E cabe a nós nos adaptarmos.

E, assim, são com as nossas ideias — seja na publicidade, no jornalismo, na arquitetura, na engenharia, na medicina, enfim… na vida. Elas surgem por meio de uma necessidade, de uma disrupção. São as respostas a algo novo, que mexe com o nosso comportamento, com o nosso status quo.

As ideias surgem abraçando a mudança e chancelando o que está acontecendo. De certa forma, nos seduzem coletivamente, fazendo com que passemos a mensagem adiante. Pois estávamos apenas esperando uma sinalização enquanto sociedade de que tudo o que está acontecendo é aceitável no ambiente em que estamos.

Mas, como isso ganha um interesse exponencial, como viraliza? Geralmente, toda disrupção tem o poder de ditar tendência. Com isso, surgirão inúmeras soluções de pessoas buscando respostas para atender o movimento da disrupção. Criando-se um arcabouço de ideias ligadas a todo esse movimento, contribuindo para que o assunto esteja em alta e surgindo os famosos tópicos de tendência (trending topics).

Aí, não tem mais volta: pessoas serão impactadas com esse movimento de tendência e, por consequência, com a sua ideia, seu vídeo, seu projeto, seu conteúdo, sua solução. Como tudo vai estar interligado, chancelado, conectado, quem tiver contato vai passar adiante, que vai passar adiante, que vai passar adiante. Sem dúvidas, viralizando!

Resumindo: se quiser viralizar, observe bastante o mundo e faça as conexões de tudo que ele está lhe mostrando em torno do tema que você quer propagar. E saia com a resposta, com a solução.

Esse tema, no tecniquês de quem é criativo por profissão, é o famoso briefing. Se você não tem esse hábito, comece a praticar. Tenho certeza de que vai lhe trazer bons resultados em relação a expectativa da sua ideia.

Para terminar, dá um check no micromanual de bolso para viralização que preparei:

1. Acompanhe o mundo bem de perto.

2. Identifique um movimento disruptivo dentro dele.

3. Estude essa disrupção que você identificou.

4. Observe até sentir que ela vai ditar tendência.

5. Associe seus pensamentos e objetivos a essa disrupção.

6. Desenvolva uma solução que navegue nas mesmas frequências que ela.

7. Se sentiu que o aumento de interesse por essa disrupção vai crescer, lance a sua ideia ou solução.

8. Sua ideia vai acompanhar os tópicos de tendência provocados pela disrupção.

9. Certamente, pessoas serão impactadas por esse tema e, consequentemente, vão esbarrar na sua ideia.

10. Muito provavelmente, você lançou um viral!

Alex Coelho é head of Creativity da Brivia.

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