Que os dados são o novo petróleo, isso você já deve ter ouvido falar. Mas talvez uma das principais diferenças entre ambos encontra-se no fato de que o primeiro é escasso; já as informações – principalmente com o surgimento da tecnologia – são infinitas. Mas, ao contrário do mineral, em que a solução de uso era simples e de fácil entendimento, a discussão atual está em saber filtrar o que é relevante, interpretar e gerar insights úteis a partir desse novo insumo (os dados!). O que pode ser o grande diferencial para as organizações saírem na frente de seus concorrentes: unir profissionais com skill analítico às ferramentas de automação e mensuração de dados.

Porque, de fato, as informações dão suporte na tomada de decisão de toda a estratégia de marketing e comunicação, e esse pressuposto pode garantir ações mais precisas em todas as etapas – desde a gestão de marcas, passando pelo cuidado com reputação, gestão de crise e mensuração de resultados, além, é claro, da inteligência de mercado. Sem a gestão desses dados/informações – que envolve captura, organização e análise dos materiais – torna-se muito difícil construir uma estratégia (seja ela de marketing, relações públicas ou comunicação como um todo) que realmente caminhe ao lado dos objetivos empresariais e norteie as ações das equipes ao longo do tempo.

Para se ter noção da importância dos dados para a tomada de decisão empresarial, um levantamento realizado com a ferramenta Knewin News, da empresa Knewin, referência em monitoramento e análise de mídia espontânea no Brasil e na América Latina, apontou que tiveram 4.666 notícias sobre o tema “cultura do cancelamento” entre janeiro e outubro de 2020. No mesmo período de 2021, 9217 notícias foram monitoradas sobre o mesmo tema. Ou seja, um crescimento de 97,53% de pautas na imprensa sobre o assunto.

De forma simplificada, a cultura do cancelamento é um termo muito utilizado nas mídias sociais para se referir ao ato das pessoas boicotarem, principalmente, marcas e influenciadores digitais quando há deslizes ou ruídos em falas ou ações. Trazendo à tona o quanto os consumidores estão atentos às respostas empresariais. Na prática, os dados de notícias mostram uma relação das informações disponíveis na mídia com o olhar atento do consumidor sobre as ações de marcas e influenciadores digitais.

Assim, com a cultura data-driven bem inserida na rotina empresarial, os processos de gestão e de tomada de decisão são impactados positivamente, garantindo mais precisão para as áreas de comunicação e marketing. Ajudando assim na comprovação de resultados alinhados aos objetivos empresariais e trazendo contexto e personalização aos dados brutos, que podem ser obtidos por fontes noticiosas e sociais, além de bases internas e externas de negócios.

As ferramentas de analytics, por exemplo, podem ser aplicadas para trazer um olhar 360º para a gestão das áreas de comunicação e marketing. Com esse tipo de ferramenta, é possível visualizar de forma rápida informações sobre a visibilidade qualitativa de uma marca na imprensa, o posicionamento de um negócio em relação aos concorrentes, o sentimento do público nas mídias sociais, entre outras informações relevantes.

Por consequência, o uso dos dados permite que os profissionais de comunicação consigam mensurar as estratégias com mais assertividade, detectar crises e oportunidades com antecedência e direcionar com efetividade os esforços financeiros e de equipe. Nesse sentido, a análise qualitativa de dados – seja de imprensa ou mídias sociais – é obrigação para quem almeja planejar estratégias eficazes de comunicação para uma empresa. Quem tem esse recurso à mão, usa o ouro em favor do negócio, disparando na frente das outras empresas debatidas na mídia.

Leonardo Rios ocupa o cargo de CSO (Chief Sales Officer) na Knewin, referência em monitoramento e análise de mídia espontânea no Brasil e na América Latina. Mais de 15 anos de experiência em vendas de TI e comunicação com histórico de sucesso comprovado. Mestre em Sistemas de Informação pela UFRGS e MBA Executivo pela Fundação Dom Cabral.