Trabalhar com influência é para qualquer nicho
Entre os assuntos debatidos na Gramado Summit, o Marketing de Influência teve destaque. Palestrantes deram dicas preciosas para o público
atualizado
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No Brasil e no mundo, o Marketing de Influência tem crescido consideravelmente. Prova disso foi uma pesquisa feita no ano passado pela Influency.me, plataforma de marketing, em que foi constatado que as agências faturaram 34,8% a mais em 2021 com Marketing de Influência se comparado a 2020.
Em resumo, o termo pode ser caracterizado por pessoas que exercem alguma influência sobre clientes de uma determinada marca por meio das redes sociais. Mas como se destacar nesse mercado frente ao grande número de influenciadores que figuram nas plataformas atualmente?
Esses e outros assuntos foram debatidos nessa quinta-feira (7/4) durante a Gramado Summit no painel “Marketing de Influência”, mediado por Lucas Schuch, âncora do podcast Propaganda não é isso aí; Rodolfo Mohr, influenciador digital na Galeano CC; Bia Granja, criadora da Youpix; e Pedro Gazzola, CEO da Roda Digital. A palestra ocorreu no Palco Share.
No início, Bia Granja avaliou o conceito de influência, que é uma pessoa capaz de incentivar uma ação. Também enfatizou que para atuar nessa área é necessário entender, antes de tudo, quem é o público-alvo da marca. “Isso é muito relevante, pois você precisa mapear qual tipo de influenciador pode ajudar nos resultados que uma empresa busca. Entenda a jornada da pessoa e, a partir daí, pense no que vai fazer em cada etapa até a conversão”, explicou a fundadora da Youpix.
Rodolfo Mohr, influenciador digital na Galeano CC, afirmou que cada marca tem um processo e que estamos vivendo um momento muito especial de influência digital. “A gente vê muitas marcas tratarem influenciadores como mídia, mas a lógica de pensamento é distinta. Para encontrar um influenciador perfeito, não precisa ter uma mega ferramenta, porque temos o próprio algoritmo das redes sociais para encontrar essas pessoas”, garantiu.
Pedro Gazzola, CEO da Roda Digital, ressaltou que trabalhar com influência é para qualquer nicho, de qualquer tamanho. Basta fazer a curadoria adequada do influencer. “Trabalhar com influência não é só pegar o cara de milhões. É um erro buscar a pessoa que é muito grande gastando uma verba. Investir em uma pessoa grande pode não trazer resultados. É preciso fazer esse estudo prévio”, aconselhou.
Mitos sobre o Marketing de Influência
Antes de subir ao Palco Share, Bia Granja, fundadora da Youpix, plataforma focada em discutir a cultura da internet, mostrou, no Palco Principal, cinco mitos sobre o Marketing de Influência. Confira:
1- Influência é coisa de blogueirinha
Se o assunto é a pessoa, em que momento ela está trazendo liderança para nós? Influencer de verdade é aquele que a gente consegue perceber que a pessoa está ajudando as marcas a navegarem pelo mundo. “Busquem influenciadores que tenham relação de confiança com as comunidades deles”, pontuou Bia Granja.
2- Tamanho de seguidor é documento
O que define a influência da pessoa é o nicho temático com quem ela fala. Número de seguidores não define influência nem pra mais nem pra menos. Entenda, primeiramente, o nicho da pessoa e onde ela penetra.
3- Co-criar com o influencer é opcional
A co-criação tem um impacto direto no resultado de engajamento, assim como na narrativa e no resultado de negócios. É preciso parar de tratar influenciador como mídia e começar a tratá-lo como uma pessoa que cria conteúdo.
4- 1 post no feed e 3 stories resolvem a campanha
Essa façanha não é suficiente para gerar resultados, pois existe uma grande quantidade de pessoas postando no Instagram a todo momento. Devido a esse número, os posts podem ficar perdidos. Então, a produção de conteúdos é essencial.
5- Engajamento como resultado de influência
Influência é uma disciplina muito extensa e complexa hoje. No ano passado, a YouPix indicou que houve um crescimento de 71% na verba destinada ao Marketing de Influência. “Confiamos em influenciadores que são pessoas que parecem comigo. Eu compro o que eles indicam”, explicou Bia Granja.