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Tendências em comunicação: feijão com arroz também dá certo

A jornalista Luana Clara faz um convite à desmistificação da inovação como único caminho para o sucesso

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De tempos em tempos surgem novas tendências e práticas de marketing estratégico que prometem deixar no chinelo o modus operandi do mercado. Mas, será que essas novidades fazem sentido para todo negócio? Claro que não!

Então, como identificar o que é relevante implementar para que a comunicação da sua marca, seja ela corporativa ou pessoal, traga resultados? Verificando se você está fazendo o arroz com feijão de maneira correta para depois sim, inovar e fazer aquela feijoada.

Para isso, o primeiro passo é olhar para dentro, analisando como estão seus canais de comunicação porque é neles que as pessoas conhecem mais sobre você, se for uma marca pessoal, ou o seu negócio e soluções, se for uma marca corporativa, acontecem a conversão dos seus clientes, e serão nutridas para tomar a decisão de comprar e até comprar lá mesmo.

Os sites, redes sociais e e-mails marketing — e aqui também incluo os comunicados via WhatsApp e Telegram — são os principais canais de comunicação corporativo, e por isso, devem conter informações claras de como e onde as pessoas podem te contatar ou adquirir suas soluções.

Uma dica extra sobre os canais de comunicação é sobre a extrema importância do site na estratégia digital: ele ajuda na construção da sua relevância no Google, que irá te entregar cada vez em uma posição melhor nos resultados de buscas de pessoas que procuram as soluções que você oferece.

Ainda sobre o digital, se sua presença no nesse meio se restringe apenas às redes sociais, suba para as montanhas! Digo isso porque, por mais que ofereçam um bom alcance, sua marca viverá sob as regras dos gestores dessas plataformas, que rotineiramente mudam e sem aviso prévio, como está acontecendo com o Twitter.

Agora, imagine a vida dos influenciadores digitais de lá vendo seu trabalho de anos indo para o ralo? Por isso, invista em um site porque além de poder apresentar melhor a sua empresa e trabalho, irá atrair leads mais quentes já que todo mundo pesquisa no Google suas necessidades, desde lugares para almoçar a melhores faculdades para estudar.

Isso quer dizer que as redes sociais e campanhas de e-mails marketing são insignificantes? Não. Elas são canais complementares que vão atrair e informar compradores em potencial sobre as suas soluções para que se sintam seguros em escolher você.

O segundo passo é alinhar o seu discurso com as suas ações porque já se foi o tempo do ‘faça o que eu digo e não faça o que eu faço’. Tanto que, pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva, em parceria com a consultoria Cause, identificou que 80% dos entrevistados deixariam de adquirir determinado produto de marcas envolvidas em denúncia ou acusação relacionadas à causas sociais, 76% estão dispostos a pagar um pouco a mais em produtos de empresas comprometidas com interesses socioambientais e 48% dos consumidores preferem produtos de empresas que apoiam alguma ação. E o que isso significa? Que as pessoas — leia-se clientes em potencial — querem comprar de empresas que pensem além do lucro pois afinal, os negócios são constituídos por indivíduos que são transpassados por essas mazelas sociais.

Então, antes de ter um feed politicamente correto ou uma campanha linda sobre diversidade, seja ético com seus funcionários, parceiros e todo o ecossistema envolvido. O marketing social é mais que ações para inglês ver: ele exige uma real mudança e engajamento da marca com uma causa alinhada a sua cultura ou interesse de seus clientes. Sem falar no gerenciamento de crise e dano a imagem de sua marca que um exposed pode gerar.

O terceiro passo é definir o que você quer com as ações de comunicação. Se almeja vender mais, a sua comunicação precisará aumentar a sua visibilidade ou — a minha prática favorita — fidelizar seus clientes, reforçando a sua conexão com eles e assim, gerando compras recorrentes. Já quem busca autoridade e credibilidade, deve buscar associações com marcas, pessoas e mídia que validem esse status.

Estabelecida a meta, é hora de dar o último passo: identificar qual público precisa atingir para alcançar o seu objetivo e isso vai para além de clientes em potencial: pode ser parceiros, seus pares de mercado, funcionários, entre outras personas. Assim ficará mais fácil alinhar o discurso e mantê-lo único — não igual — em todas as ações e frentes de marketing e relacionamento com a imprensa.

Com esses quatro pontos alinhados o seu negócio está preparado para implementar qualquer inovação na sua estratégia de relacionamento com a imprensa e marketing porque seus pilares são sólidos.

Luana Clara é jornalista, mentora de comunicação para startups e sócia da LaPresse Comunicação, empresa de assessoria de imprensa e consultoria de comunicação estratégica que atendeu mais de 100 clientes no Brasil, Europa, América Latina e Estados Unidos.

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