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Tendências das marcas para redes sociais em 2023

“Para os próximos anos, são esperados formatos cada vez mais curtos de short videos”, avalia a comunicóloga Maytê Carvalho

atualizado

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1 de 1 redes sociais - Foto: Witthaya Prasongsin/ Getty Images

As redes sociais estão se estabelecendo como grandes players no mercado do marketing, por serem usadas constantemente por boa parcela da população mundial. Para se ter uma noção, uma pesquisa da eMarketer, indicou que 59% da população mundial usam redes sociais — o número corresponde a 4,7 bilhões de pessoas usuárias das redes. Todos esses são potenciais clientes que estão constantemente nas redes, interagindo, reagindo, recebendo ads e comprando.

O diferencial de introduzir os dispositivos móveis no marketing é a ininterrupta leva de mudanças e inovações do setor que muda continuamente. Mais recentemente, a ascensão do TikTok trouxe consigo uma onda de vídeos curtos que mais uma vez mudaram a forma de anunciar produtos e serviços.

Para os próximos anos, são esperados formatos cada vez mais curtos de short videos para serem consumidos em momentos de micro-ociosidade, como filas, no carro, em tempo de 15, 30 segundos, no máximo um minuto. São formatos editoriais mais condensados. Que afetaram completamente a indústria, quando fazemos um anúncio.

Hoje, temos que comunicar todos os atributos do produto, call to action, passar o site, vender o produto, com muito menos tempo. Antigamente as propagandas tinham cerca de um minuto na TV, hoje no YouTube temos 15 segundos, a questão é como evitar que a pessoa pule seu anúncio e manter o engajamento.

As diferentes formas de comunicação

No entanto, as redes sociais não possuem exclusividade quando o tema é comunicação. Não existe uma principal forma de comunicação de marcas, toda marca é um ecossistema, com sua própria cultura organizacional, através de newsletters, por TV e rádio, eventos e as redes sociais, porém, vivemos em um mundo onde a mídia é pulverizada, é difícil definir um meio principal de comunicação, todos eles se complementam, cada um com suas particularidades e públicos, mas trazendo, em conjunto, atenção a uma marca.

Embora esteja crescendo cada vez mais, as redes sociais não são hegemônicas no que tange a publicidade. Uma pesquisa realizada pela RD Station com profissionais de marketing, indicou que anúncios nas redes sociais são a 4ª principal forma de descobrir uma nova marca, atrás de publicidade na TV com 31,4%, ferramentas de busca (31,3%) e recomendações de amigos e familiares (28,6%).

O número pode ser reflexo de ações de alguns profissionais da área. Os profissionais estão se adaptando às rápidas mudanças do mercado, mas ainda há alguma resistência por parte do departamento criativo de grandes agências que ainda não entenderam o tempo, o zeitgeist da contemporaneidade.

Para o futuro, a tendência é que as redes ganhem cada vez mais espaço como forma de divulgar marcas. Não obstante, é importante entender que redes sociais não se resumem a entretenimento, o formato deve juntar o entretenimento ao serviço. Não adianta só fazer um conteúdo engraçado, é preciso prestar um serviço — o Duolingo, por exemplo, faz isso muito bem, revelando que o humor deve estar conectado a serviços e a informação que vem com a marca.

Maytê Carvalho é escritora, professora, comunicóloga e autora do livro “Ouse Argumentar: Comunicação assertiva para sua voz ser ouvida”.

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