Social Commerce é tendência no varejo
Lojistas devem criar laços com os consumidores e uma comunicação clara, aponta Jefferson Araújo, CEO da Showkase
atualizado
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As redes sociais já fazem parte do cotidiano das pessoas e, com o isolamento decorrente da chegada da pandemia de Covid-19, passaram a ter um papel ainda mais relevante na sociedade. Conectando, informando e inclusive sendo um espaço para as marcas se aproximarem do público-alvo. Por isso, mais do que nunca os lojistas precisam investir no social commerce, que vem ganhando espaço no processo de vendas.
Para se ter uma ideia, segundo uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), quase 80% dos entrevistados realizaram compras por meio de aplicativos e redes sociais entre julho de 2020 e julho de 2021. Em comparação com o mesmo período em 2019/2020, houve alta de 18%.
A explicação para o crescimento do social commerce é simples, já que vai de encontro com o comportamento da sociedade que está em busca de comodidade e atendimento mais humanizado. Além disso, o varejo precisa estar onde as pessoas estão. De acordo com dados do Facebook divulgados no ano passado, 3 bilhões de pessoas usaram pelo menos uma vez por mês uma das plataformas do grupo (Facebook, Messenger, Instagram e WhatsApp).
Nesse cenário, a missão dos varejistas é criar laços com os consumidores por meio desses canais, trazendo uma comunicação clara, fazendo ótimos atendimentos e impactando os públicos com conteúdos de maneira assertiva. Ou seja, devem conhecer as suas características e comportamentos, pois só assim será possível elaborar estratégias de vendas eficazes. O social commerce traz com toda certeza, uma chance valiosa para marcas serem descobertas e passarem a fazer parte do coração dos clientes.
Mas ainda há alguns desafios a serem enfrentados. O principal deles é centralizar e integrar os diversos canais hoje existentes, já que problemas de desorganização resultam na perda de vendas. Além disso, administrar as redes sociais envolve diversos processos, e é por isso que os negócios devem contar com parceiros estratégicos que tornem o social commerce mais simples e eficiente e que estejam atentos à evolução do ambiente digital para oferecerem novos recursos. Imagine ter que conversar, mandar fotos, gerar links, emitir nota fiscal, entre outras atividades de forma individualizada e em diferentes canais? Seria um processo exaustivo e não produtivo.
Atualmente, é possível realizar uma integração de ponta a ponta para gerir um negócio completamente conectado às redes sociais. Com apenas um clique são ativadas a gestão de acompanhamento das métricas e a disponibilização dos produtos nos shoppings do Instagram e Facebook. Assim, hoje, os varejistas não precisam se preocupar com essa questão, podendo focar a atenção em outras atividades.
Também já se pode realizar a automatização do cadastro de produtos com fotos profissionais, descritivos comerciais e todos os itens necessários para ótimas operações. Dessa forma, é possível enriquecer o catálogo dos lojistas de forma rápida, permitindo que seja compartilhado automaticamente nas redes sociais. Surge então um ecossistema de trabalho unificado, proporcionando mais agilidade no dia a dia dos lojistas.
Por fim, concluo que o social commerce só tem a crescer e, por isso, empresas precisam olhar com atenção essa possibilidade. Devem apresentar itens a serem comercializados, buscando opiniões dos consumidores, tirando dúvidas, mantendo um bom relacionamento com cada cliente e trazendo experiências de compras positivas. Assim, o elemento-chave para o sucesso passa a ser a realização de uma eficaz integração entre todos os canais.
Jefferson Araújo é CEO da Showkase, plataforma que ajuda pequenos negócios a venderem on-line de forma descomplicada e integrada a todas as redes sociais e canais digitais.