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Sensação, interação e tecnologia: o tripé do marketing no pós-pandemia

Em meio às possibilidades, há um sinal de alerta para quem deseja embarcar nessa tendência, diz Rodrigo Santos, VP de Inovação na WebSIA

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1 de 1 marketing digital - Foto: Nipitphon Na Chiangmai / EyeEm/GettyImages

Com a acessibilidade da internet e dos meios digitais, a comunicação circula em velocidade impressionante. As novas configurações sociais surgidas em decorrência da pandemia impõem às empresas o desafio de manter o equilíbrio entre a agilidade on-line com a personalização do mundo físico para atender aos anseios de clientes cada vez mais conectados e donos de si. Sensações e experiências que denotam singularidade são os atuais fatores que potencializam a jornada do consumidor.

Neste aspecto, as diversas tecnologias instrumentalizam a experiência do cliente em todo onboarding. Umas destas ferramentas tecnológicas são as plataformas de OTT (do inglês Over The Top), que são formas de distribuir conteúdos sem a necessidade de intermediários. Para efeito prático, é a possibilidade de a empresa ter a sua própria plataforma de streaming à sua maneira. Esse modelo vem virando o mercado audiovisual de cabeça para baixo, obrigando companhias tradicionais de mídias a reverem o seu modelo de negócio e, sobretudo, revisitarem o modo como vem falando com seus públicos.

Se antes os pilares de programação de uma emissora de tv eram sustentados por notícias, novela e futebol, hoje produções próprias e fragmentadas, distribuídas primeiramente em plataformas de streaming, entram no hall de atrações estratégicas de redes tradicionais. Tudo para ganhar a atenção do público, em especial da geração Z – pessoas nascidas entre 1995 e 2010 -, que segundo dados da Global Web Index, consomem 97% de conteúdo vindo do streaming.

Potencialmente, o relatório da Kantar IBOPE Media, divulgado em 2020, aponta que 99% dos internautas assistiram vídeos em diferentes telas e dispositivos, como TVs, redes sociais, plataformas de streaming, lives e até videochamadas. O Brasil lidera a média global com cerca de 80% da população assistindo vídeos on-line gratuitos contra 65% dos estrangeiros.

Os dados acima permitem às empresas enxergarem um oceano azul de oportunidades para interagir com seus públicos de forma mais direcionada, usando o modelo de OTT como principal meio. Entre os benefícios, podemos destacar o fato de a companhia monetizar conteúdo de maneira escalável, iniciando os serviços com acesso aberto e evoluindo para pacotes de assinaturas.

Pode-se usar o OTT como uma plataforma de cursos on-line ou para comunicação interna, como uma TV corporativa. E por que não organizar eventos on-line? Igrejas, academias, varejistas, farmacêuticas, universidades são algumas das verticais que podem pulverizar a mensagem a partir desse formato de comunicação.

Em meio às possibilidades positivas há um sinal de alerta para quem deseja embarcar nessa tendência. Para ter uma plataforma robusta pronta para entregar segurança cibernética para não expor os usuários e que não traciona a experiência do espectador é preciso escolher o parceiro certo para apoiar em todo suporte, que vai da implementação até a gestão contínua do canal. Sem contar na importância da estratégia pensada em levar o OTT para o público. Recentemente vimos uma grande emissora norte-americana cancelar sua operação no streaming dias após o lançamento por possíveis falhas na condução estratégica do projeto.

O fato é que, quando falamos de evolução tecnológica e comunicação, o futuro começa a todo instante e o OTT é um dos meios que personifica essa elevação gradativa do nível de interação entre empresas e clientes. Estamos estruturados sob o tripé da sensação, interação e tecnologia. Prontos e ávidos para experimentar o novo!

Rodrigo Santos é vice-presidente de Inovação na WebSIA.

 

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