Refletindo sobre o marketing de influência em 2024
Felipe Oliva, CEO da Squid, explora nuances do mercado, desde a busca por um equilíbrio entre custo e benefício até algumas tendências
atualizado
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À medida que entramos em 2024, o cenário nacional e internacional do marketing de influência passa por transformações significativas, impulsionadas por mudanças econômicas, demandas crescentes por transparência e a constante evolução das plataformas digitais.
Neste artigo, irei explorar as nuances do mercado de marketing de influência, desde a busca por um equilíbrio entre custo e benefício até algumas tendências dentro do panorama global de um dos setores de negócios mais dinâmicos da comunicação.
O cenário nacional: transparência às empresas
No mercado de marketing de influência, já é de se notar uma necessidade de justificar investimentos e uma atenção cada vez maior das áreas de compra em relação aos influenciadores.
E nos próximos anos, antecipo uma competição acirrada para determinar o melhor custo-benefício para as empresas, pois a vantagem estará com aqueles que conseguirem cultivar relacionamentos sólidos, trabalhar com influenciadores de qualidade e ainda manter preços competitivos.
Uma mudança notável no marketing de influência é a transparência. No passado, a falta de clareza prejudicava o entendimento desse setor, mas agora as marcas estão cada vez mais aptas a compreender e gerenciar influenciadores, parceiros e agências. Empresas com modelos de negócios transparentes terão mais sucesso, destacando a crescente importância dos dados na tomada de decisões estratégicas.
É impossível falar em tendências sem mencionar os dados, que continuam e devem ser prioridade para tomadas de decisões estratégicas. Empresas que souberem interpretar e utilizar dados de maneira eficaz terão uma vantagem significativa em um mercado cada vez mais competitivo. E junto a uma boa estratégia, a criatividade é mais crucial do que nunca.
Perspectivas por parte dos influenciadores
No cenário internacional, observamos uma tendência fascinante: influenciadores estão criando suas próprias marcas, seja de roupas, alimentos ou outros produtos. Esse fenômeno, embora presente no Brasil, mas com diferente foco e ascensão, atinge proporções significativamente maiores em outros países, representando uma área de grande oportunidade e que deve crescer no nosso território.
No âmbito das redes sociais, a combinação de diferentes formas de mídia pelos influenciadores torna-se mais evidente. À medida que as plataformas oferecem menos retorno orgânico, os influenciadores são incentivados a investir em publicidade paga para expandir o alcance de suas campanhas, bem como o cenário traz às empresas e agências o desafio de criar estratégias orgânicas que contribuirão para os resultados.
E destacar não é apenas sobre vender produtos, mas a envolver a audiência de maneiras inovadoras, afinal a “publi”, que se resume apenas a clicar no botão de compra, fica pra trás na atenção dos usuários de rede social. Os criadores de conteúdo que conseguirem entreter além da venda terão uma vantagem significativa no próximo ano.
Plataformas emergentes e social commerce em 2024
Assistimos à consolidação do TikTok como uma potência em ascensão no cenário das redes sociais. A capacidade de envolver e entreter usuários continua atraindo a atenção de marcas e influenciadores e, além disso, prevejo que o social commerce será uma grande pauta no próximo ano, com a integração social tornando-se fundamental para o sucesso no e-commerce, principalmente nessa rede social.
Em resumo, 2024 se desenha como um ano emocionante para o marketing de influência. À medida que o mercado evolui, a transparência, a eficiência, a criatividade e a adaptação às novas plataformas irão desempenhar papéis fundamentais para o sucesso dos influenciadores e das marcas. Vamos aguardar ansiosos por um ano repleto de inovações e oportunidades no fascinante universo do marketing de influência.
Sua marca já está preparada para essas movimentações?
Felipe Oliva é CEO e cofundador da Squid.