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Quais as lições deixadas pelo Web Summit?

Para responder essa pergunta, o Metrópoles conversou com três CMOs brasileiros

atualizado

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Piaras Ó Mídheach/Web Summit via Sportsfile
Web summit
1 de 1 Web summit - Foto: Piaras Ó Mídheach/Web Summit via Sportsfile

O Web Summit é uma oportunidade rara de estar cara a cara com figuras que lideram algumas das principais marcas do mundo. O público é tão qualificado que empresas guardam para esse momento anúncios importantes ao mercado. O evento também oportuniza conhecer mais a fundo tendências e estratégias de marketing de companhias globais. E, quem sabe, até tomar um café com quem está à frente desse processo. Talvez isso explique o interesse crescente por um tipo específico de profissional: o Chief Marketing Officer (CMO).

Conversamos com três deles para saber o que, além de vinhos e pastéis de nata, levarão na bagagem para o Brasil:

O marketing precisa estar junto com dados”

Bruno Ladeira, CMO da agência Moringa Digital

1) Por que um CMO vem ao Web Summit?

Estamos vivendo o marketing customer-centric, que é focado no consumidor. E a transformação digital e a inovação estão ressignificando os hábitos e as jornadas dos clientes. O que tem de inovação no mundo está aqui, no Web Summit.

2) Qual foi a grande lição que o evento deixou para você?

A área de dados das organizações precisa trabalhar em perfeita consonância com o marketing. Numa estrutura organizacional atual, o marketing precisa estar junto com dados, porque é dali que saem todas as decisões, consegue ser mais assertivo e construir estratégias corretas e fundamentadas para atuar da melhor maneira possível.

3) Existe algo que você nunca tinha visto antes?

O que impressiona, e se consegue enxergar aqui, é a real aplicabilidade de algumas tecnologias. Uma delas é a inteligência artificial sendo utilizada para produção de conteúdo. Já está em prática e tende a aumentar.

4) Qual o grande recado da programação para o mercado brasileiro?

Não se consegue evoluir sem colaborar. Ficou muito clara a presença da inovação e da educação colaborativa. Isso pode significar um passo enorme para as organizações, em meio a tanta inovação que está acontecendo no mundo. Passa por deixar um pouco o ego de lado, procurar e oferecer ajuda para evoluir. Sozinho, não conseguimos acompanhar todas as mudanças que o mercado tem apresentado.

A rivalidade das big techs contra governos pode gerar oportunidades”

Fábio Rios, CMO da Brivia

1) Por que um CMO vem ao Web Summit?

Para se oxigenar, entender muito mais o que está acontecendo no mundo, tanto em tendências tecnológicas como em comportamento. Isso tudo nos permite antecipar as necessidades dos clientes e entender como tudo isso se conecta. E aí, para cada negócio, conseguimos adaptar os aprendizados, enxergar o que as outras indústrias estão fazendo e influenciar aquilo que está na nossa missão principal.

2) Qual foi a grande lição que o evento deixou para você?

A rivalidade das big techs contra os governos e a regulação e a proteção do usuário é uma briga a que as empresas precisam estar cada vez mais atentas. E isso pode, de alguma maneira, gerar oportunidades, assim como ameaças.

3) Existe algo que você nunca tinha visto antes?

De marketing, sinceramente, não. Não vi nada que realmente seja revolucionário. Há algumas boas sacadas sobre influência versus confluência, de uma palestra a que assisti. Mas não há nada de disruptivo.

4) Qual o grande recado da programação para o mercado brasileiro?

Esse assunto de ecossistema de valor, onde as big techs conseguem entender com profundidade todo mundo, pode impactar qualquer organização.

Precisamos investir mais no segmento de tecnologia no Brasil”

Rafael Constantinou, ex-CMO da Webmotors

1) Por que um CMO vem ao Web Summit?

O evento se autodescreve como pessoas e empresas falando sobre para onde vai o futuro da indústria de tecnologia. É essencial estar atuante e atualizado no assunto, tanto em plataformas como em tendência de consumo. No Web Summit, se falou muito de criptomoedas e de uma série de outras coisas que sabemos que são realidades, mas aqui ficam mais quentes. É importante ouvir outras perspectivas e pessoas que são referência. Mesmo que o marketing não seja o foco, no fim do dia, tudo o que está aqui de alguma forma tem a ver com o trabalho de um profissional da área.

2) Qual foi a grande lição que o evento deixou para você?

O que fica é ver de perto, com os próprios olhos, a valorização do mercado de tecnologia e o espaço para startups. No Brasil, temos de dar um jeito de valorizar isso também e trazer à tona os mesmos temas que estão acontecendo aqui, que são globais. Precisamos investir mais nesse segmento no Brasil. Temos o suficiente para fazer isso, pelo menos como um hub da América Latina.

3) Existe algo que você nunca tinha visto antes?

Em termos de marketing, não. Não há tantas novidades. Assisti a uma palestra sobre cryptocurrency, e alguns números chamaram atenção. E, em 2030, 3 bilhões de pessoas vão usar criptomoedas em transações todos os dias. Esse tipo de assunto está menos no dia a dia. Em 2021, foi o grande boom, especialmente no Brasil. Mas, do ponto de vista de marketing, ainda se fala pouco disso em transações e e-commerce.

4) Qual o grande recado da programação para o mercado brasileiro?

Nós temos muito potencial e ficamos limitados, no Brasil, ao que pode ser uma startup. Vimos desde o mais básico como soluções para videoconferências até um capacete para curar problemas relacionados ao cérebro como depressão e epilepsia. O Web Summit mostra o quão amplo e o quanto você pode investir em startups de todos os tipos. No Brasil, focamos sempre nas mais conhecidas, nas grandes empresas brasileiras de tecnologia. Temos bastante a aprender quanto a fazer startups mais novas darem certo.

O portal Metrópoles está presente no Web Summit 2021, em Portugal. A curadoria da cobertura tem a assinatura da Brivia, com geração de conteúdo da Critério — Resultado em Opinião Pública.

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