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Práticas sustentáveis diferenciam empresas e consolidam negócios

Andryelle Mokarzel, Head de Marketing e Líder de Produto Sustentável da Viveo, diz que o marketing é forte aliado do meio ambiente

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1 de 1 marketing – Metrópoles - Foto: Klaus Vedfelt/Getty Images

De forma íntegra, responsável e sustentável, grande parte das empresas tem investido cada vez mais no desenvolvimento de produtos e serviços que visam o bem-estar das pessoas e do planeta. Oferecer soluções eficientes e reconhecer a relevância do tema sustentabilidade é contribuir para que o consumidor tenha consciência de que suas escolhas influenciam na preservação ou degradação do meio ambiente. O marketing tem sido um bom aliado para destacar as ações de sustentabilidade e o papel que as empresas estão assumindo, frente ao tema.

Construir políticas sólidas de ESG é fundamental para que as companhias estejam alinhadas com as pautas sociais e, consequentemente, forneçam serviços e produtos que não gerem apenas lucro, mas que incentivem o consumo consciente e mostrem aos consumidores que suas escolhas podem colaborar com o presente e o futuro do planeta. Entendo que a tríade meio ambiente, governança e a preocupação com o desenvolvimento social de uma região ou país, agora é parte integrante de qualquer negócio. As empresas, em sua maioria, estão assumindo um papel de advocacy e auxiliando os governos a encontrar caminhos para proporcionar uma melhor qualidade de vida e, ao mesmo tempo, preservar os recursos naturais.

Como atuo dentro da cadeia de saúde, percebo que as soluções para o setor passam por práticas e processos que impactam positivamente a sociedade atual e futura. Nossa história recente mostrou isso, e a ciência conseguiu responder prontamente à triste demanda que tivemos. Por exemplo, no auge da pandemia, quando o país estava com a falta de vários materiais como luvas, máscaras, álcool, entre outros, fretamos aviões e buscamos da China mais de 13 milhões de máscaras cirúrgicas, entregando para mais de 110 hospitais brasileiros. Ainda na pandemia, diante da falta de anestésicos para intubação de pacientes, importamos cerca de 2,5 milhões de ampolas e anestésicos em tempo recorde, para ajudar a suprir essa carência. Isso mostra que o papel das corporações está além de simplesmente vender produtos ou serviços, pensando no social.

Há a necessidade de tornar essa agenda cada vez mais ativa dentro da companhia, promovendo muita consciência, transparência e exigência para que os processos sejam abraçados por todos, de ponta a ponta na cadeia. O mundo corporativo busca pelo desenvolvimento sustentável, e é preciso detectar o que é necessário ser consolidado de forma ágil no que diz respeito à agenda ESG. Por isso, realizar a análise de cenário e posicionamento externo, seguido da comparação das práticas já adotadas pela companhia, é imprescindível para que a corporação saiba qual é o investimento social que terá que fazer. É preciso definir pilares centrais de atuação e um mapa estratégico para atuar com toda a cadeia do ecossistema, propondo melhorias de processos e metas.

Outro ponto importante é que as companhias não atuam sozinhas e precisam ter cuidado na escolha de seus parceiros de negócios, seus fornecedores. Todos têm responsabilidade em realizar processos rigorosos de avaliação, que considerem a criticidade em relação aos aspectos ambientais, trabalhistas, jurídicos, tributários, administrativos e de segurança do trabalho.

A escolha do parceiro de negócio reflete nas escolhas que a empresa faz e se torna um espelho do que a empresa é e defende, e do que o seu consumidor busca e é atraído, principalmente esse novo perfil de consumidor, conectado com a busca por um mundo melhor. A inclusão de produtos sustentáveis já não é mais algo diferenciado, mas sim obrigatório. É preciso investir na diversificação e expansão destes produtos no portfólio, focando na ecoeficiência, na redução no consumo de papel ou no uso de plásticos, substituição da matéria-prima virgem por reciclável. Sem esquecer do restante da cadeia, como o investimento em frotas verdes, na utilização de energias limpas, por exemplo.

A jornada ESG está evoluindo e é um caminho sem volta. Parte disso passa pela conscientização do que é sustentabilidade. Temos que tratar a questão de forma concreta e não superficial. Criando esses mecanismos, as companhias estão construindo o futuro. Isso significa que estão sempre em evolução, trazendo inovações e ações que definirão o cuidar das pessoas no amanhã.

Andryelle Mokarzel é Head de Marketing e Líder Produto Sustentável Viveo.

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