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Expert em influência conta como tem cuidado da imagem de Karol Conká

Com quase 30 anos de carreira, Fabiana Bruno, proprietária da agência Suba, fala sobre como tem gerenciado a imagem da cantora após o BBB21

atualizado

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Fabiana Bruno-SUBA
1 de 1 Fabiana Bruno-SUBA - Foto: Divulgação

Navegando à internet desde 1995, Fabiana Bruno, 47 anos, tem uma carreira de quase 30 anos na indústria da publicidade e comunicação. Há 10 anos, ela diz ter tido o insight sobre a economia da criação, quando montou a empresa Suba, que atua essencialmente no mercado de influência. Em todos esses anos, a especialista já assumiu inúmeros desafios, desde a implementação do portal iG até a mais recente, o gerenciamento da carreira de Karol Conká após a polêmica participação no BBB 21.

“Ao assistir o programa, fiquei surpresa porque quando escolho trabalhar com talentos exclusivos da Suba, eu sempre penso com um olhar de soma. Eu me pergunto: de que forma, eu acredito nesse ser humano como potência?”, conta ela. Ainda assim, Fabiana não abandonou o barco, apesar de ter sido aconselhada por pessoas próximas a deixar de cuidar da carreira de Karol porque poderia respingar na sua trajetória profissional e pessoal. Trabalhando com a cantora desde 2017, ela seguiu a intuição e decidiu mergulhar para entender de que forma as duas poderiam usar a crise de imagem para construir algo diferente.

Fabiana diz que ao longo dos anos desenvolveu um “tato para gente”. “No momento em que escolhemos lidar com ser humano, como core, a gente não departamentaliza esse lidar. Não tenho um olhar sobre crise como uma coisa pontual ou picos. Pra mim é parte do todo”, argumenta. Portanto, quando Karol saiu, a primeira coisa que a profissional procurou entender era se a artista tinha consciência dos erros e se queria se cuidar. “Tivemos uma conversa crucial”, relembra Fabiana. “O cancelamento ou qualquer grande desafio é uma oportunidade. Podemos entender como vítimas ou como um convite importante”, afirma.

Segundo a CEO da Suba, não adianta olhar pontualmente para a gestão de uma crise. “Estancar é ruim a médio prazo. Pode até ter uma leve melhora, dependendo do caso, mas ele volta”, justifica. Por isso, ela conta que com Karol tem sido um longo trabalho de descobertas de entender diversas questões internas, que foram jogadas para debaixo do tapete. Assim, nasceu o projeto autoral Vem K, que estreia nesta terça-feira (15/6). A ideia é que a artista reúna profissionais para falar sobre a importância de cuidar da saúde mental.

O desafio hoje é lidar com o always on da internet com qualidade. Fabiana afirma que a audiência quer consumir conteúdo em que se identifique e, ainda, tenha promessa de atalhos/caminhos/companhias facilitadoras. “Ao analisar a internet hoje, não cabe a gente colocar qualquer conteúdo estratégico na boca de um influenciador se aquilo não foi conectado com a sua verdade”, justifica. Com o aumento de consumo de conteúdo na pandemia, a expert acredita que pautas como diversidade, racismo, autocuidado ganharão força, mas não mais como um diagnóstico e, sim, como uma forma de oferecer ajuda prática a partir de redes de conversa e novas comunidades virtuais que compactuam com aqueles interesses.

Atualmente com mais de 70 colaboradores (70% da equipe é composta por mulheres), a especialista gerencia, em média, 400 contratações por mês com influenciadores e atende as maiores agências de publicidade do mercado. Os desafios de um portfólio variado são constantes. Recentemente, por exemplo, em uma campanha da Johnnie Walker, Fabiana trabalhou com um astronauta da Nasa.

Ondas
Uma das exigências na profissão de Fabiana é de que ela seja capaz de enxergar as novas tendências. “Eu tenho uma inquietude. Hoje, 50% da minha semana está em 2023”, conta. “Acredito que preciso me alimentar para poder alimentar o outro”, justifica a expert, que mesmo em meio à esta rotina agitada e desafiadora, encontra tempo para ler pelo menos 15 minutos por dia e cuidar da saúde mental.

Em termos de uma possível próxima onda, essencialmente digital, a especialista afirma que tem percebido um conteúdo cada vez mais humano nas campanhas. “Cada vez mais, a tangente é sobre todos os alicerces que permeiam as relações humanas e sobre a verdade”, acredita Fabiana.

Outra mudança que ela enxerga como próxima é “grudar mais o dado ao fator humano” como uma forma de qualificar os insights quantitativos. Ou seja, associar ferramentas de inteligência artificial com uma equipe super capacitada por trás para trazer conclusões cada vez mais férteis.

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