Pesquisa aponta aumento no número de agências modelo full service
De acordo com o relatório “Panorama das Agências Digitais em 2021”, cerca de 15% do total de empresas no Brasil foca em soluções completas
atualizado
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Nas últimas duas décadas, o Brasil vem crescendo bastante nos investimentos em marketing, especialmente com o aumento da demanda pelo digital. No entanto, com a pandemia, o país avançou em relação a esses serviços quase cinco anos.
Empresas já consolidadas no mercado costumam investir uma média de 6% a 12% do faturamento em marketing digital. Enquanto isso, empresas menos conhecidas gastam em torno de 12% a 20%. As informações são do Forrester Research e do eMarketer.
Por isso, a demanda por agências especializadas é cada vez maior. A tendência é confirmada no “Panorama das Agências Digitais em 2021”, divulgado este ano pela expert em internet Rock Content. No relatório consta um aumento no movimento de agências full service voltadas para segmentos específicos. Esse modelo focado em soluções completas representa cerca de 15% do mercado de comunicação hoje em dia.
De acordo com Alessandra Sadan, vice-presidente na América Latina da plataforma de sites Duda, o aumento da presença digital puxou a demanda por serviços de marketing dos mais variados. Eles estão em todos os pontos de contato com o cliente, desde um chatbot no site até a criação de artigos de blog, artes para mídia social e e-mails de relacionamento com clientes e prospects.
Para a executiva, sai muito mais caro contratar anúncios com uma agência, gerenciamento de social media com outra e criação de landing page para as ofertas com uma terceira. “Sem contar todas as ferramentas que estão envolvidas nesses processos e a complexidade na gestão de vários fornecedores”, explica Alessandra.
O movimento de adaptação é também por parte das agências, que estão se dando conta de que precisam ser full service ou estarão em risco de fechar as portas ou baixar os preços para se manterem competitivas. “É preciso ir além da simples prestação de um serviço e passar a atuar como parceira na criação e execução da estratégia do seu cliente”, afirma a profissional.
Modelo de sucesso
Atualmente, a maioria das agências no Brasil ainda atende clientes de vários nichos diferentes e atua no formato de entregas pontuais. O que pode eventualmente diluir os resultados. Por isso, Alessandra acredita que “o pulo do gato” é olhar para o modelo aplicado nos Estados Unidos. Lá, eles contam com agências de nicho e até subnichos, como restaurantes, turismo ou e-commerce especializados em moda.
“Clientes entendem que precisam de outros softwares, como de automação, gerenciamento de sites, CRM e prospecção, e tudo isso precisa estar integrado. Uma parceria com uma agência que possa entender o negócio e disseminar a marca com sucesso entre todas as plataformas é essencial”, argumenta.