O islamismo se une à internet das coisas
Tapete tecnológico para orações chamou a atenção dos participantes do Web Summit
atualizado
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Quem entra e sai do Web Summit sente uma espécie de choque temporal. Não que Lisboa seja uma cidade atrasada. Muito longe disso. A capital portuguesa está cada vez mais cosmopolita, moderna e consolidada como o hub de inovação do continente europeu. A questão é que o evento projeta a humanidade para anos ou décadas adiante. E possibilita aos participantes se depararem com soluções um tanto diferentes de novos negócios. São startups que já estão em um alto patamar de inovação.
Circulando pelos quatro pavilhões da feira, o Metrópoles conversou com muitos empreendedores e conheceu as mais diversas histórias. E uma delas chamou atenção especial do público que circulou pelo evento.
Religião conhecida pelo alto nível de tradição, o islamismo está dando sinais de abertura à digitalização. E já está avançando rumo à IoT (internet das coisas). No estande oficial do Qatar, uma startup não tinha como passar despercebida: a Sajdah, que se posiciona como o “primeiro tapete inteligente de oração educacional do mundo para muçulmanos”.
O foco está em ensinar religiosos – com destaque para os recém-convertidos – a rezar de forma adequada e confortável. O que faz bastante sentido, pois as orações são extensas. Eles podem ler o Alcorão em uma tela de Led durante as orações diárias, tanto em árabe como em inglês. Há o reforço de um alto-falante, para que os praticantes acompanhem as recitações.
Integração a aplicativos
Com superfície macia e grossa, o item possui 6 quilos e se integra a um aplicativo, já disponível na Google Play e na App Store. “É um pouco pesado para crianças. Por isso, no futuro, estamos planejando fazer um produto adequado ao tamanho infantil”, detalha a Hajer Zedira, representante da marca. É para ser usado em casa e até mesmo nas mesquitas. Os desenvolvedores deixam claro que a novidade está de acordo com a sharia, que é a lei islâmica.
Em abril, houve o pré-lançamento, com apenas 150 unidades para vender. “Agora, estamos no processo de manufaturar os pedidos encomendados, que serão enviados por volta de fevereiro. E lá por março ou abril, serão abertas as compras pelo site”, informa Hajer.
O preço ainda é salgado: 399 dólares. “É um pouco caro e não tão acessível para todos os muçulmanos. Para o futuro, estamos tentando implementar novas ideias e projetos na manufatura que tornarão o tapete mais barato para os muçulmanos de todo o mundo”, projeta.
O portal Metrópoles está presente no Web Summit 2021, em Portugal. A curadoria da cobertura tem a assinatura da Brivia, com geração de conteúdo da Critério — Resultado em Opinião Pública.