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Números x credibilidade: qual é a nova métrica da influência digital?

O marketing de influência tem crescido significativamente e Lelê Saddi e Fernando Bento, sócios da Pop Communication, pontuam tendências

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Na foto, há uma mulher com blusa cor de nude segurança um suporte com celular
1 de 1 Na foto, há uma mulher com blusa cor de nude segurança um suporte com celular - Foto: Iuliia Isaieva/ Getty Images

Nos últimos anos, o marketing de influência obteve um crescimento significativo. Se por um lado mais pessoas investiram na profissão de influenciador digital, por outro, as empresas passaram a apostar cada vez mais nesse trabalho a favor de seus objetivos.

Com a finalidade de nos referirmos, principalmente, a criar uma conexão entre a marca e seu público final, influenciando positivamente sua estratégia de marketing digital. Não à toa, um estudo feito pelo Business Insider prevê que, até o fim deste ano, o setor de marketing de influência atinja o valor aproximado de R$ 79 bilhões.

Porém, durante esse tempo de ascensão dos influenciadores, muita coisa mudou. Quem faz mais sucesso: alguém que tem 5 mil ou 100 mil seguidores? A resposta pode até parecer óbvia em um primeiro momento, já que ficamos tentados a responder que é a segunda opção, porém, na prática, esse raciocínio pode não se confirmar – e é exatamente sobre isso que queremos falar.

No início da profissão de digital influencer, ou criador de conteúdo, muito se falava em números de seguidores, quanto mais, melhor, sempre. E não era só para aumentar o ego dos influenciadores, as marcas também prestavam atenção nos followers para saber quem contratar ou não. Porém, hoje, o raciocínio já não é mais o mesmo.

Isso porque, nos últimos tempos, vimos surgir uma nova métrica para a influência digital: a credibilidade. Se no início da profissão de criador de conteúdo, o número de seguidores era a métrica mais valiosa e determinante para as suas contratações, atualmente as empresas estão preocupadas com a capacidade que esses profissionais têm de construir uma audiência fiel, qualificada e engajada, que, de fato, confie em suas opiniões.

Um estudo da Pymnts, empresa focada em notícias e relatórios sobre economia conectada, mostrou que 72% dos consumidores não ligam para quantos seguidores um influenciador tem — o importante é se identificar com a pessoa.

A pesquisa comprovou ainda que micro influenciadores, principalmente os de nicho específicos, são uma tendência muito forte, e que mais do que números, é preciso estar todos os dias on-line para conquistar e cativar uma audiência fiel.

Por exemplo, imagine que você está precisando de uma maquiagem nova. Você pode até ter visto uma atriz ou a influenciadora do momento usando e falando bem de uma marca em uma propaganda na TV, mas será que apenas isso é o suficiente para comprá-la?

E se, durante o processo de decisão de compra, você dá de cara com um stories no Instagram de uma micro influenciadora da sua cidade elogiando e mostrando na prática o resultado de uma marca regional concorrente. Não vai te fazer repensar sua decisão?

Dentro desse contexto, não é surpresa que, segundo o Global Annual Marketing Report de 2022, feito pela Nielsen, 70% das empresas da América Latina pretendem aumentar os investimentos em redes sociais. E o Brasil se destaca ainda mais dentro desse contexto.

O relatório da Global Consumer Survey revelou que, em 2021, o Brasil passou a China em uso de marketing de influência — tornando-se o maior mercado do mundo nessa área. Segundo o levantamento, mais de 40% da nossa população já foi impactada por ações com influenciadores.

Essa mudança de comportamento trouxe luz a uma discussão muito importante sobre o que é ser um influenciador na atualidade. E a verdade é que a verdadeira influência não se constrói com número de seguidores, e sim com uma marca pessoal potente, fruto de posicionamento, voz e conteúdo proprietários.

A cada dia que passa, percebemos que, na internet, quem é confiável e tem público sempre sai ganhando.

Influenciador não é, necessariamente, sinônimo de fama e celebridade, mas é alguém que possui algum conhecimento ou expertise percebidos e respeitados pela sua comunidade.

É por essa imagem de autoridade, capaz de gerar impactos diretos no seu público, que dizemos que um perfil de 5 mil seguidores pode obter mais sucesso que o de 100 mil.

Lelê Saddi é influenciadora e empresária. Fernando Bento é especialista em Marketing Digital. Ambos são sócios da agência Pop Communication.

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