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NFTs e o futuro do mercado

Com valor imensurável, os tokens se destacam pelo fato de serem únicos, exclusivos e não replicáveis, diz Conrado Caon, CTO da Adventures

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NFT
1 de 1 NFT - Foto: Andrey Metelev/Unsplash

Você com certeza deve ter visto ou ouvido alguma notícia sobre a grande movimentação dos NFTs no último ano, isso porque os “token não-fungíveis”, tradução em português para a sigla NFT, movimentaram mais de US$ 24,9 bilhões em 2021. Com toda essa expansão, elas estão despertando, cada vez mais, a curiosidade de investidores sobre o tema, assim como das marcas, que estão passando a apostar em tokens para se aproximarem de seus consumidores.

Explicando de maneira simplificada, um token não fungível é uma espécie diferente de token criptográfico que representa algo único. Ao contrário das criptomoedas e de diversos outros, os NFTs não são mutuamente intercambiáveis, como dinheiro, por exemplo, em que duas notas de cinco reais têm o mesmo valor que uma de 10 e podem ser facilmente trocadas. Eles funcionam como certificados digitais responsáveis por autenticarem a propriedade de um ativo.

Com toda tecnologia envolvida nos tokens, as obras digitais, fotos, gifs ou até mesmo posts, podem se tornar ativos exclusivos, que se registrados, podem ser comercializados por valores expressivos. E, como eles são únicos, isso traz uma vantagem muito grande para as empresas, porque  mesmo que alguém tire foto do seu item, sempre haverá apenas um original. Assim como o quadro da Mona Lisa, em que existem diversas fotos e ilustrações, mas o original é único, apenas a obra exposta no Museu do Louvre.

O valor de um NFT está relacionado ao quanto aquele ativo é valioso para um grupo de pessoas. Além disso, os tokens contam com outras características que atraem a atenção das pessoas, como escassez, propriedade, possibilidade de ser colecionável, relação com plataformas de negociação, autenticidade, desejo, entre outros fatores que contribuem para que o ativo ganhe ainda mais valor.

Isso nos mostra que o que faz um ativo receber valor no mercado é a comunidade. Dessa forma, quanto mais engajada for a demanda por um NFT, mais alto será o preço de venda. Assim como um show que raramente acontece e que é esperado por milhões de pessoas, como foi o caso do show da dupla Sandy e Júnior, em comemoração aos 30 anos de história, que foi assistido e disputado por mais de 45 mil pessoas, com preços de ingressos elevados por conta da alta procura. Isso é justificado pela lei de oferta e demanda.

Mesmo tendo muita repercussão nos últimos anos, os NFTs ainda são relativamente novos. Por isso, ainda não há uma grande movimentação de marcas em direção ao uso dos tokens. Mas creio que, com o passar dos anos, quando as marcas passarem a compreender as oportunidades proporcionadas pelos NFTs, a busca pelos ativos digitais crescerá de forma exponencial.

Eu, particularmente, acredito muito nisso porque as pessoas estão optando, cada vez mais, por marcas que tenham como pilares as relações humanas, assim como a conexão genuína com a comunidade. Por isso, é fundamental que as empresas passem a investir em tecnologias para atraírem a atenção dos consumidores, com ações que respeitem as suas escolhas e opiniões.

Para isso, uma marca de esportes, por exemplo, pode promover ações de incentivo ao bem-estar e à qualidade de vida de seus parceiros, colecionando performances em seu aplicativo com NFTs de seus esportistas famosos para serem utilizadas em equipamentos ou experiências. Outro ponto bacana são as influenciadoras digitais que estão criando suas marcas próprias e que podem, posteriormente, investir em campanhas assertivas para que seu público possa conhecer o seu produto, desenvolvendo tutoriais exclusivos em NFT com dicas.

Mas afinal, por que os NFTs são tão importantes e estão se tornando assunto global? A resposta é simples! A relevância de um token não tem ligação direta com dinheiro, mas sim com o valor e reconhecimento por trás daquele ativo, como, por exemplo, uma música inédita de um artista ou uma coleção de roupas exclusiva. Isso, consequentemente, despertará a atenção dos fãs, que terão a sensação de pertencimento sobre aquele item.

Sabe aqueles colecionadores de carros antigos? Esse pode ser um exemplo mais claro sobre o valor de um item raro! É muito fácil encontrarmos automóveis antigos pelas ruas, mas quando se trata de uma coleção exclusiva ou que não está mais disponível no mercado, muitas pessoas desembolsam milhões para ter aquele carro, pois envolve toda a questão de apego pelo produto.

O que quero dizer é que as possibilidades são infinitas, visto que toda tecnologia presente nos NFTs é algo muito poderoso, capaz de revolucionar a nossa realidade. Por isso, é imprescindível que as marcas passem a investir em inovação com ferramentas que criem proximidade e conexão com o seu público.

Conrado Caon é CTO da Adventures, aceleradora de marcas. Executivo de Tecnologia, Inovação e Organizações Exponenciais, Conrado possui mais de 20 anos de experiência técnica, comercial e em desenvolvimento de negócios.

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