Na pandemia, empresa de imigração vê aumento de pedidos para os EUA
De acordo com dados do LinkedIn, houve aumento de oportunidades em Nova York, Los Angeles, Chicago, Boston e São Francisco
atualizado
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Com a pandemia, a Leao Group Consulting Services, empresa de consultoria com expertise no assessoramento de profissionais, investidores e companhias de todo o mundo, com sede na Flórida, nos EUA, tem observado um aumento nos pedidos de vistos para profissionais de comunicação para o território norte-americano.
Hoje em dia, as cidades com maior número de profissionais e oportunidades são Nova York, Los Angeles, Chicago, Boston e São Francisco. Os dados são de um relatório da rede social LinkedIn, que indicou as regiões com maior demanda de empregos remotos nos EUA.
Lucas Salles, ator, criador de conteúdo e atual ajudante de palco do chef Edu Guedes na Band, se mudou em 2020. Na época, ele tirou o visto EB1 como comunicador e artista. Depois de aprovado no processo, conseguiu um cartão de residente permanente. “O primeiro passo é ver se está apto para tirar o visto. Após saber se você possui os requisitos, recomendo procurar advogado especialista que vai cuidar da parte burocrática, isto é, a coleta de dados e informações a seu respeito. É preciso apresentar todo um dossiê para mostrar ao governo por A mais B, que você está apto para tirar o visto”, explica.
Segundo ele, a experiência de décadas como ator o ajudaram. “Trabalho desde os 10 anos de idade e coletando tantos trabalhos e experiências e com perspectiva completamente única, eu estive viável para dar entrada no visto”, diz. “A área de comunicação está em constante crescimento nos Estados Unidos, e ter o Green Card abre muitas portas. Com a pandemia e a possibilidade de se trabalhar em home office, algumas cidades com maior necessidade apostaram nesses profissionais capacitados”, complementa.
Possibilidades
Atualmente, o Itamaraty estima que cerca de 1,6 milhão de brasileiros vivem em território norte-americano. Embora não discrimine por profissão ou ocupação, dados da Receita Federal mostram que o número de pessoas que pediram saída definitiva do Brasil passou de 8.170 em 2011 para 23.271 em 2018.
“É um avanço que já vínhamos notando desde 2015, numa média de 10 a 18% ano a ano. De 2018 para 2019, o aumento foi de 29%. Ainda estamos aguardando os dados consolidados de 2020, mas acreditamos que também tenha havido um crescimento exponencial”, explica Leonardo Leão, especialista em direito internacional, advogado e consultor de negócios internacionais, da Leao Group.
Os vistos EB1 e EB2 NIW, destinados a profissionais com boa experiência nas áreas de conhecimento e um histórico de contribuições e reconhecimentos no decorrer da carreira, são categorias que dão a oportunidade de mudança sem a necessidade de uma oferta de emprego de uma empresa norte-americana ou ainda um aporte financeiro em solo internacional.
Profissionais de diversos segmentos, como telecomunicações, esporte, medicina, ciências e até artes, podem solicitar esse processo, que custa em média R$ 22 mil dólares e o processo dura até dois anos. “É preciso entender o perfil de cada um e saber pedir, ou seja, saber pontuar o que as autoridades americanas querem ver. As assessorias, por exemplo, estão muito mais preparadas para elaborar um plano de atuação”, conclui o advogado.