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Metaverso e sua função social

O especialista Flávio Shimabukuro aborda a necessidade de conciliar as inovações tecnológicas com o bem-estar coletivo

atualizado

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1 de 1 metaverso - Foto: Tima Miroshnichenko/Pexels

A história do Metaverso já começou a ser contada, sendo seu objeto de estudo vastíssimo, uma vez que a narrativa dos fatos presentes já nos possibilita imaginar uma série de possibilidades (aplicações futuras) para o uso das novas tecnologias imersivas, algumas já em desenvolvimento, diga-se de passagem.

Com certeza, as futuras experiências vivenciadas nos ambientes de realidade aumentada, aos quais serão disponibilizados no mercado em curto espaço de tempo, aguçam a nossa imaginação, fazendo-nos sonhar acordados literalmente.

Grandes corporações já investem pesado em pesquisas para viabilização do Metaverso, desenvolvendo tecnologias capazes de melhorar a ergonomia dos sistemas imersivos, bem como potencializar sistemas de processamento e inteligência artificial como anunciado pela Meta.

Dentro desse contexto, por meio dessas novas ferramentas tecnológicas, seria possível acessarmos os ambientes de realidade virtual, gadgets disponibilizados pelo próprio Meta, como já disse Mark Zuckerberg, para visitarmos tridimensionalmente o cenário de nossas franquias favoritas do cinema, comparecer virtualmente a espetáculos do outro lado do planeta, trabalhar em escritórios digitais, viajar para qualquer lugar e em qualquer época etc. Para tanto, nossos avatares transitarão nesses tais espaços de forma única, nos conferindo existência singular no Metaverso.

No mais, a super plataforma (Meta) já está repercutindo efeitos na economia mundial, tendo em vista a queda de Wall Street após o seu balanço decepcionar investidores em fevereiro de 2022.

Por certo, o que é importante é não nos opormos, por meio de ideologias ou críticas irracionais, ao desenvolvimento e às novas transformações digitais, aos quais presenciamos neste século XXI, mas sim pensarmos em como tais mudanças poderão impactar positivamente o mundo real.

Nesse sentido, se faz necessário que a plataforma ou plataformas sejam responsáveis socialmente e idôneas à dignidade humana, conectando e oportunizando aos seres físicos novas formas de desenvolvimento sustentável. Ao passo que o auxílio da inteligência artificial poderá nos ajudar nesta difícil, mas não impossível tarefa, como por exemplo, propiciando novas formas de trabalho e de geração de riquezas, engajando o público e o privado, com o intuito de produzir externalidades benéficas a toda a sociedade física. Dessa forma, poderá o metaverso cumprir com sua função social no mundo em que vivemos.

Flávio Shimabukuro é mestre em Direito: Justiça, Empresa e Sustentabilidade. Também é especialista em International Business com graduação em Filosofia e em Direito. Atualmente atua na área de riscos e compliance do Sidia – Instituto de Ciência e Tecnologia e como docente de ensino superior.

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