Metaverso e o futuro das relações
A ficção científica se tornou realidade e devemos lidar com isso, ressalta Christie Schulka, marketing manager da Roca Brasil Cerámica
atualizado
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Capaz de eliminar as fronteiras entre o mundo físico e digital, o Metaverso é uma das maiores tendências de tecnologia para os próximos anos e, hoje, já não se limita mais aos games. Apesar dos ares futuristas, o termo Metaverso foi usado pela primeira vez em 1992 pelo escritor Neal Stephenson quando, em seu livro Snow Crash, o protagonista se via em um universo criado por meio da tecnologia, acessado por meio de óculos e fones de ouvido.
Atualmente, o que antes era apenas um conceito de ficção científica se tornou realidade, e o Metaverso veio para nos ajudar a criar conexões sem barreiras físicas. Ele nada mais é do que um espaço virtual compartilhado, que mistura o mundo físico com a realidade virtual. Nesse ambiente acessado por meio de computadores, celulares ou óculos VR, somos capazes de criar nossos avatares personalizados, nossas personas e experienciar as mais diversas atividades, de forma imersiva e disruptiva.
Não é sem motivo que diversas empresas estão atentas à essa tecnologia – seja no mercado de games, como o Fortnite ou Roblox, ou até em outras esferas, como o próprio Facebook. Segundo Bill Gates, o futuro está no Metaverso e, em três anos, todas as reuniões de trabalho serão nessa nova realidade virtual, que tem o potencial de gerar uma receita anual de US$ 1 trilhão, segundo a gigante do mundo cripto, Grayscale. Tudo isso impulsionado pelo 5 e 6G, que será capaz de revolucionar o mundo que conhecemos hoje.
Popularizado depois do isolamento forçado pela pandemia, que nos levou a experimentar novas maneiras de nos relacionarmos, o Metaverso se difundiu para muito além dos games. A expansão levou a diversos projetos corporativos, eventos e treinamentos empresariais, que se apossaram dessa tecnologia em franco crescimento – como fizemos com a Roca Brasil Cerámica, ao sediar nosso principal evento do ano, a Avant Première, no Metaverso.
Primeira empresa do setor da construção civil no mundo a apostar em uma estrutura desse porte. Criamos um espaço completo que permite a criação de avatares personalizados para transitar por ambientes como salas de reunião para rodadas de negócios, auditório para eventos e palestras, além de áreas específicas para a apresentação dos produtos das marcas – batizadas de Galeria Roca e Casa Incepa -, emulando o mundo real. Indo além da exibição dos lançamentos no Metaverso, o evento contou com atrações complementares e totalmente virtuais, como aulas show de gastronomia, palestras com especialistas e ações de entretenimento, como em game. Permitindo assim experiências digitais únicas, prazerosas e inusitadas, que criam uma nova forma de ser social, com conexões entre pessoas de qualquer canto do globo.
Apesar de já ser uma realidade em que vivemos, o Metaverso é um conceito em transição e demos apenas nossos primeiros passos nessa tecnologia. Hoje, o entendemos como um espaço de construção contínua e persistente, que demanda novidades e atualizações constantes. Ele é social por natureza, síncrono, unindo experiências do mundo físico e digital, e descentralizado, uma vez que todos podem se movimentar livremente ali.
Ainda assim, existem diversas questões que envolvem o futuro e o caminho que o Metaverso seguirá – quais serão suas leis e suas profissões? O que isso impactará em como conhecemos a economia, o marketing e outros setores? São perguntas para um futuro próximo, mas que nos deixa claro uma coisa: o Metaverso é nossa realidade, e ele é inevitável.
Christie Schulka é marketing manager da Roca Brasil Cerámica.