Marketing de conteúdo: como humanizar sua marca
Paula Bezerra, co-CEO na VCPR, explica a importância do marketing de conteúdo para as marcas
atualizado
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Em outros artigos aqui no Metrópoles, já falei sobre os desafios para as marcas em 2023 e também sobre a corrida que as empresas têm cravado para se antecipar aos avanços da inteligência artificial. Mas há uma lacuna vaga no mercado e que ainda tem sido difícil de preencher com sabedoria e expertise de ponta. Como humanizar marcas e suas interações por meio do marketing de conteúdo?
Muito se fala sobre como as redes sociais têm agregado valor e aproximado as marcas de seus consumidores – sejam eles B2B ou B2C. Não à toa, a Meta parou a internet recentemente com o anúncio do rival do Twitter, o Threads. O xis da questão, porém, vai muito além de como usar o conteúdo como parte da estratégia de marca a fim de impulsionar os resultados da companhia e também expandir o awareness. Atualmente, o ponto-chave é sobre como usar o marketing de conteúdo para humanizar sua marca e fazer com que ela agregue valor aos consumidores e a sociedade como um todo.
E para iniciar, é importante pensar no papel dos porta-vozes para a empresa. Independente se é um executivo, influenciador ou um personagem, como a Lu, do Magalu, e a mais recente PPK da Claudia: ter um rosto para interagir e encampar uma campanha é essencial.
Um estudo do SemRush, por exemplo, mostra que o posicionamento de porta-voz como estratégia de marketing de conteúdo, além de promover o compartilhamento da sabedoria com as demais comunidades, gera valor, conhecimento, reputação, credibilidade e notoriedade para a marca. E, sobretudo, promove sua humanização.
Não à toa, 65% das empresas já incluíram a estratégia de posicionamento de porta-voz em sua estratégia de marketing e 29,5% planejam começar a fazê-lo em breve, de acordo com a empresa de inteligência competitiva.
Promover conteúdos que para além da informação, transmitem conexão e também experiência ao consumidor faz com que a estratégia de marketing de conteúdo das empresas entrem em um patamar à frente no mercado. Humaniza as relações, traz um potencial de alcance maior, bem como identificação.
Quando fazemos um recorte nas redes sociais, a importância da humanização da marca é ainda mais evidente. Dados apontam que grande parte da população mundial está conectada pelas redes, sendo o Brasil o terceiro país que mais utiliza os aplicativos. É o que mostra o Relatório de Visão Geral Global Digital 2022, desenvolvido pela We Are Social, em parceria com a Hootsuite.
Olhando para essa vertente, é possível atingir o público-alvo do projeto com muito mais facilidade. Por isso, trazer a estratégia de posicionamento de porta-voz para a marca em canais como as redes possibilita um maior engajamento com o público-alvo, além de torná-lo um canal de fonte primária de informação. Mais que isso, estabelece credibilidade e autoridade de marca, engaja a comunidade e impacta o ecossistema desejado, promovendo uma troca rica de conteúdos e dados (gerar backlinks, compartilhamentos) e, por fim, aumenta o pool de novos clientes e usuários.
Conhecer seu público, entender como conversar com ele, criar conexão e proporcionar uma experiência por meio de trocas reais não é mais o futuro do marketing de conteúdo, mas, sim, o presente.
E deixar de investir em oportunidades como posicionamento de porta-vozes pode trazer danos no longo prazo para a companhia, principalmente se os concorrentes já adotaram essa estratégia.
Paula Bezerra é sócia e CO-CEO na VCRP.