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Marcas devem buscar conteúdos com identidade e nichados

Debates no Palco Share da Gramado Summit trouxeram a importância da identificação do creator com o produto da empresa que o procura

atualizado

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Cássio Brezolla
Fotografia colorida mostrando cinco pessoas em palco conversando-Metrópoles
1 de 1 Fotografia colorida mostrando cinco pessoas em palco conversando-Metrópoles - Foto: Cássio Brezolla

(Gramado, RS) Se antigamente criar conteúdo nas redes sociais era visto como um passatempo, hoje a façanha virou uma grande fonte de renda. Pesquisas da Youpix, consultoria de negócios para a creator economy, comprovaram que os investimentos em Marketing de Influência aumentaram em 71% entre 2020 e 2022.

Mas, em termos de engajamento e monetização, quais são os principais canais que esses creators utilizam para publicar conteúdos? De acordo com outra pesquisa da Youpix, divulgada no ano passado, o Instagram lidera como a principal rede de atuação dos criadores de conteúdo, que corresponde a 59,6%, seguido de 12,7% no YouTube, TikTok (11,8%) e Twitter (3,2%).

Diante disso, nesta quarta-feira (12/4) foi debatida a temática “Como as marcas usam a criatividade dos creators para se conectar com os consumidores” na Gramado Summit — um dos maiores eventos de brainstorming da América Latina, que ocorre em Gramado, no Rio Grande do Sul até esta sexta-feira (14/4).

Entre os palestrantes convidados no Palco Share para debater o tema, estiveram Pedro Gazzola, CEO da Roda Digital; Stenio Girardelli (Lactea), criador de vídeo; Guilherme Ibanes e Otavio Lima, ambos criadores de conteúdo; e mediação da jornalista Alexandra Zanela, cofundadora da Padrinho Conteúdo e Assessoria.

Segundo Pedro Gazzola, ao longo deste ano de 2023 as marcas possivelmente estarão mais focadas em conteúdos com identidade e nichados. “Muitas vezes, marcas e creators não têm feat. Porém, as marcas já entendem que a criação de conteúdo tem um valor. Antigamente para anunciar, era necessário ir para a TV. Hoje, a produção de conteúdo é feita nas redes sociais, atingindo públicos nichados”, explicou.

Stenio Girardelli, que há bastante tempo grava vídeos de humor, reforçou que a identificação do criador com a marca é um fator muito importante. Contudo, trouxe outro fator que deve ser levado em consideração pelas marcas. “Destaco que número de seguidores não é o mais importante. Às vezes a pessoa tem muito seguidor, mas o público dela não é nichado. Não confundam quantidade com ganhar mais dinheiro ou fechar mais publis.”

Já Guilherme Ibanes e Otavio Lima abordaram o nível de maturidade da profissão de creator. Para eles, os criadores precisam entender que, em algum momento, eles também virarão uma marca e passarão a ser parceiros de outras empresas, podendo até trabalhar internamente com elas. “Fazer publi é legal, mas a criação de conteúdo vai além, pois se configura como diversificação de renda, produto diferenciado e muito mais”, apontaram.

Como ter ideias para produzir conteúdos todos os dias

Antes da palestra “Como as marcas usam a criatividade dos creators para se conectar com os consumidores”, a head de conteúdo do Share, Fahen Carvalho, subiu ao palco e deu dicas preciosas para quem trabalha com criação de conteúdo.

Ela começou apresentando a definição de ideia que, segundo ela, é uma representação mental de algo, um conhecimento e, principalmente, informação. “Precisamos colocar energias em ideias simples para que gerem resultados”, garantiu.

Primeiro, a comunicadora explicou três itens importantes para creators:

• Construção de uma ideia
• Criação de conteúdo
• A rotina na prática

Em seguida, ela trouxe os elementos de uma ideia, como:

• Repertório: compilado de experiências que você já viveu. Todo mundo tem o próprio repertório.
• Curadoria: ter um olhar de valor sobre os fatos.
• Uma incomodação: uma ideia precisa de um nó.

“Vale lembrar que nem toda ideia é boa ou tem equipe suficiente para executá-la. Desapegue-se sempre que isso ocorrer”, aconselhou.

Dicas para a criação:

A criação de conteúdo precisa ter uma rotina. Criar, escrever e editar são processos valiosos. Criar uma rotina é atividade de trabalho.

Guarde as referências:

“Comece de forma simples anotando ideias na folha de papel. Logo depois, migre para ferramentas de otimização e organização da produção de conteúdo. Um bom conteúdo precisa ser bem aproveitado. Precisamos construir as narrativas que reforçam os pilares da marca, bem como formatos. Quando aproveitamos melhor o macro, há profundidade de conteúdo”, garantiu.

Formatos possíveis:

“Pergunte-se como você pode aproveitar o desdobramento de um conteúdo”, ressaltou.

Mão na massa:

“Faça o checklist do conteúdo definindo editorias e as narrativas que serão trabalhadas ao longo do ano. Em seguida, pense na audiência, ou seja, considere os pontos relevantes na vida da audiência e, por último, tenha cronograma para te guiar”, apontou.

Pense no outro:

Por fim, frisou que planejar conteúdo é um processo complexo, pois demanda esse olhar de fora. “Não é sobre a ideia que funciona para você, mas sim algo que dará audiência. Lembre-se, ainda, que todo planejamento pode mudar”, certificou.

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