Maior startup de RH do mundo acredita que home office é confiança
No último dia de Web Summit Rio, mais um assunto polêmico entrou em discussão: trabalho remoto ou não, eis a questão
atualizado
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Onde você deveria estar buscando emprego?
Essa é uma das provocações que a Deel, startup que vende software de RH para contratação de funcionários internacionais, e líder mundial do setor, propôs no Web Summit Rio. Para Dan Westgarth, a resposta é simples: em qualquer lugar do planeta.
“Agora os recrutadores não precisam mais olhar num raio de quilômetros de proximidade do local de trabalho. Podem procurar globalmente”, diz Westgarth.
E, como exemplo, os engenheiros de software nos países em desenvolvimento ganham cerca de 28% a mais trabalhando para organizações internacionais em comparação às nacionais, segundo pesquisa realizada dentro da plataforma Deel, que conta com mais de 260 mil contratos em 160 países.
Ou seja, trata-se de bom negócio para empresas e para profissionais.
E, ainda que o trabalho remoto esteja sendo reavaliado, depois vigorar como necessidade de saúde pública por praticamente dois anos de pandemia, ainda se trata de uma poderosa ferramenta de aquisição e retenção de talentos.
Afinal, tempo de deslocamento, flexibilidade, liberdade e até mesmo custos de moradia podem ser determinantes na escolha entre empregos. Mas, ainda segundo o COO da Deel, trabalho remoto demanda uma relação clara entre empresa e funcionário.
“Trabalho remoto é sobre confiança. Focar e sedimentar uma cultura de confiança. Vejo pessoas do meu time visitando seus colegas em outros países, trocando casas, conhecendo países. Vivendo a cultura da empresa”
Dan Westgarth, COO da Deel
A pesquisa Deel aponta, como uma de suas conclusões, que o mercado de trabalho remoto (ou global), veio para ficar – mesmo com todos os questionamentos.
A flexibilidade para os funcionários e a possibilidade de níveis salariais mais viáveis para os negócios, criou uma nova necessidade: buscar oportunidades em negócios globais, sobretudo, para profissionais de países emergentes, as possibilidades de ganho podem ser até 40% maiores do que nas empresas locais, segundo o relatório.
E, na América Latina, o único cenário onde o Brasil aparece com algum destaque é entre os países com maior número de profissionais contratados por empresas globais, como segundo do ranking.
Em primeiro, a Argentina, que, por sua vez, é top 3 em crescimento mais rápido por taxa de contratação e em número de organizações que contratam.
Por fim, Westgarth faz um alerta para empresas e profissionais: é preciso manter o foco na lucrabilidade. Especificamente para as empresas, se o regime tradicional, focado no presencial, significar ameaça de perder talentos, é preciso repensar.
“É hora de buscar pessoas mais com base nas habilidades que elas têm do que nos lugares que elas moram’, diz o COO da Deel.
Metrópoles na Web Summit
A cobertura pode ser acompanhada na M Buzz e também nas redes sociais do portal. A geração dos conteúdos terá a produção do jornalista Fabricio Vitorino.
Entre os nomes de peso confirmados estão:
- David Vélez, fundador e CEO da Nubank;
- Edith Yeung, Early-stage venture investor da Race Capital;
- Luciano Huck, apresentador da Rede Globo;
- Mada Seghete, VP de marketing da Branch;
- Roger Laughlin, fundador & Brazil CEO da Kavak;
- Catherine Powell, Global Head of Hosting do Airbnb;
- KondZilla;
- Ayọ Tometi, cofundador do Black Lives Matter;
- Fernando Machado, CMO da NotCo.
Todos os palestrantes podem ser conferidos neste link.
Quando: de segunda-feira (1º/5) à quinta-feira (4/5).