Live commerce com influencers é tendência para os próximos anos
Responsável pela estratégia da Americanas, Stage Digital foi a primeira marca a investir neste formato no Brasil
atualizado
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A pandemia acelerou a tendência de live commerce no Brasil. Inspirado na China, o modelo tem se tornado grande aliado das vendas on-line. Neste formato, consumidores podem interagir ao vivo com influenciadores e vendedores, comprando produtos e sanando dúvidas diretamente durante as transmissões.
A experiência chinesa movimentou cerca de US$ 200 bilhões em 2020. Além disso, foram realizadas, em média, 50 mil transmissões ao vivo por dia, acumulando mais de 50 bilhões de visualizações, podendo representar movimentação de mais de 1 trilhão de iuanes ao ano, segundo a KPMG e a Ali Research. A estimativa é de que a indústria global fature US$ 600 bilhões até 2027 com este segmento.
A programação ao vivo de vendas na TV a cabo não é novidade. Desde os anos 1970, empresas apostam nesse modelo em que vendedores anunciam os produtos da marca, trazendo promoções e novidades para os telespectadores que estão acompanhando em tempo real.
No entanto, agora isso ocorre nas redes sociais e aplicativos. Focadas no marketing de influência, o posto dos vendedores é ocupado por celebridades e influenciadores que transformam os vídeos ao vivo em grandes espetáculos. De acordo com dados do Google, 55% das pessoas enxergam no Youtube, por exemplo, um lugar para descobrir marcas e produtos.
“A pandemia nos fez mudar muito a forma como consumimos conteúdo e a ideia de fazer isso ao vivo pelo pelo celular tornou-se ainda mais atrativa. Quando você une esse novo comportamento ao potencial do marketing de influência temos uma oportunidade de negócio. Foi o que aconteceu com as lives commerce”, explica o publicitário Fabrizio Galardi, sócio-diretor da Stage Digital.
Por aqui, a Americanas foi a primeira marca a investir no formato. Em novembro, eles realizaram o Show da Black Friday com famosos e criadores apresentando ofertas durante horas ao vivo. Felipe Neto, Bianca Andrade, Camila Coutinho e Otaviano Costa foram alguns dos apresentadores nas redes da verejista. Uma das lives alcançou milhões de views no YouTube.
“Os influenciadores têm uma proximidade muito maior com o público do que as próprias marcas ou vendedores anônimos. Além disso, outro fator que torna as lives commerce atraentes é o dinamismo: longe da ideia dos comerciais mais engessados, nas lives rolam brincadeiras, jogos e, é claro, a espontaneidade do ao vivo”, conclui Fabrizio.A Stage é responsável por produzir as lives da Americanas. Eles são especialistas em formatos que conectam marcas e influenciadores elaborando e executando estratégias voltadas para o ambiente digital. Com 3 anos de existência a empresa já fez ações para marcas como Disney, Heinkein, ShopTime, Submarino e Nestlé.