A presença de mulheres em cargos de liderança é fator crucial para a transformação, fortalecimento e resultado de qualquer organização. Isso não deveria ser tema de discussão, mas ainda é preciso reforçar essa realidade.

Nas cooperativas do Rio Grande do Sul, por exemplo, as mulheres são maioria entre todos os cooperados, mas o desafio é que os números sejam os mesmos quando falamos de cargos de liderança.

Nesta jornada, além da necessária discussão e busca por equidade dentro das cooperativas, é preciso ter em vista o importante papel da comunicação, uma vez que não basta apenas buscarmos e promovermos essa equidade: precisamos comunicá-la.

No Sistema Ocergs, onde atuo, trouxemos ferramentas para que a diversidade – que já faz parte dos princípios e valores do cooperativismo – faça cada vez mais parte do dia a dia das cooperativas. Para isso, criamos comitês como o Comitê de Diversidade, de jovens e o Comitê Elas Pelo Coop RS, este último uma forma de incentivar e estimular o surgimento de novas lideranças femininas.

Com a participação de representantes de mais de 44 cooperativas, queremos fazer com que as mulheres cheguem aos cargos de liderança e priorizar a participação delas em todos os espaços. Esta iniciativa, por si só, tem importância essencial para o nosso desenvolvimento e resultados, mas, sem a efetiva comunicação e divulgação de suas ações, sua força seria menor.

A comunicação de mobilizações como esta tem sua principal finalidade no ato de motivar. Falamos o que precisa mudar e como vamos chegar lá para motivar a transformação; falamos o que já conseguimos mudar porque queremos empoderar mais mulheres; falamos sobre quem fez e está fazendo acontecer porque queremos inspirar e compartilhar protagonismo; e também falamos sobre conhecimentos relevantes de forma prática porque queremos preparar e facilitar.

O desafio é maior do que criar, organizar e executar ações. A promoção da liderança feminina nas cooperativas trata sobre o fortalecimento e inovação do setor, com a certeza de que a diversidade se traduz em maior criatividade e, consequentemente, melhores resultados e lucratividade para os negócios.

É essencial que continuemos a comunicar e celebrar essas conquistas, inspirando futuras gerações de líderes femininas. Ao unir forças, desafiamos estereótipos, quebramos barreiras e pavimentamos uma trilha mais inclusiva e próspera para todos.

O futuro das cooperativas depende da liderança de todos os seus membros, e, nesse caminho, as vozes femininas devem ser ouvidas e amplificadas.

Rafaeli Minuzzi é supervisora de conteúdo do Sistema Ocergs.