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Incrementando o marketing com base em produtos e produções culturais

Para quem se interessa pela área e quer se aprofundar, há muito conteúdo disponível em séries e filmes sobre o tema

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Incrementando o marketing com base em produtos e produções culturais – Metrópoles
1 de 1 Incrementando o marketing com base em produtos e produções culturais – Metrópoles - Foto: Busakorn Pongparnit/Getty Images

Se tem uma área do mundo de negócios que todos têm uma opinião e acham que poderiam fazer melhor, é o marketing. Nas conversas informais com colegas de outras profissões, duas dúvidas costumam surgir: como vocês pensam nisso? E será que eu poderia fazer isso também?

Tudo bem, sempre é possível argumentar que, para trilhar uma carreira na área, não é necessária uma formação específica. E na prática, é possível achar advogados, administradores, publicitários, e até mesmo engenheiros de dados que atuam com marketing. Aliás, um dos diferenciais é justamente a diversidade de pensamento e de pessoas, que contribui para maiores índices de produtividade e criatividade.

No entanto, isso não significa que não há métricas ou critérios, pelo contrário, uma boa estratégia de marketing é fundamental para o sucesso do desenvolvimento de negócios.

É ela que vai determinar se uma marca, produto ou pessoa, é conhecida pelo público correto e de forma adequada.

Na era das relações, e em um mundo tão interconectado como hoje, uma campanha errada pode gerar um risco reputacional intangível – e até então impensado – para uma empresa.

Justamente por isso, os profissionais que atuam na área precisam estar sempre atentos ao ambiente em que estão inseridos, se mantendo atualizados dos mais diversos temas. Como professor universitário, serei um eterno defensor da importância do embasamento acadêmico, principalmente para o desenvolvimento de senso crítico.

Somado a isso, é preciso estar atento aos eventos da sociedade: o que ocorre na internet, qual influencer do momento, as principais notícias que correm o mundo e as tendências.

O contexto onde estamos inseridos, as melhores práticas e a adequação das métricas e algoritmos também são fundamentais.

Além do contexto externo, também é preciso que uma marca entenda onde seu cliente está inserido, tom de voz, para somente então definir estratégias sobre relacionamento. Vale dizer que muitas decisões, caminhos e direcionais do marketing são baseados em dados, principalmente no atual cenário de digitalização global e da Web 5.0.

Diferentes conteúdos para diferentes níveis

Para quem se interessa pela área e quer se aprofundar, há muito conteúdo disponível, que divido em três categorias: lúdica, profissional e avançada.

A primeira se destina a conhecer o universo do marketing e garante algumas risadas no processo. Quem é especialista pode considerar clichê, mas promete encantar os leigos.

Dentro desse leque está a maior parte das séries e filmes sobre o tema, que contam com liberdade poética e artística. Ou seja, são fantasiosos, para gerar maior interesse e prender o espectador.

O filme Do que as Mulheres Gostam (2000), com Mel Gibson e Helen Hunt, por exemplo, conta a história de um executivo que, após sofrer um grave acidente, passou a ter o dom de ler a mente das mulheres.

Com o tempo, ele foi desenvolvendo uma sensibilidade e empatia, principalmente após se apaixonar pela chefe.

A obra, que foi indicada ao Globo de Ouro pela atuação de Mel Gibson, mostra o cotidiano de uma grande agência de publicidade e faz uma bela reflexão sobre machismo – talvez meio que de uma maneira inconsciente na época – empatia e a necessidade de ouvir a voz do cliente.

Outros bons filmes nessa linha, são Air, que conta a história da Nike durante a criação da linha Air Jordan; Rede Social, que ilustra a fundação do Facebook; e Walt antes do Mickey, que narra a história do fundador da Walt Disney. As três películas dão aulas de branding, inovação e empreendedorismo, além de entregarem diversão.

Dentro do conteúdo profissional, destaco o Fome de Poder, que conta como uma lanchonete se transforma em um colosso como o McDonald´s, por meio de cabeças que pensam de maneiras completamente opostas.

O marketing, assim como qualquer outro campo corporativo, exige uma habilidade de gestão de talentos que pode parecer uma barreira para vários executivos.

O Filme O Homem do Jogo (Moneyball) usa o universo do baseball profissional americano para ser, na minha visão, o melhor treinamento de gestão em formato de filme. Além desse “coaching” sobre liderança, o conteúdo ainda fala sobre disrupção e inovação em um ambiente tradicional e conservador.

No campo avançado está a maior parte dos podcasts e canais do YouTube, conteúdos que requerem alguma vivência profissional, dentro de empresas ou agências, para maior aplicabilidade e aproveitamento dos ensinamentos.

Eles exigem que você pense, aplique os exemplos dados e adapte o aprendizado para entender se faz sentido na sua empresa ou na marca que atende.

Nesse tipo de conteúdo, a experiência acadêmica também acaba sendo decisiva para o melhor uso dos temas. Aqui, destaco três grandes pensadores: o americano (e já falecido) Clayton Christensen, o indiano-americano Sunil Gupta e o brasileiro radicado nos EUA, Thales Teixeira.

Eles reinventaram a administração atual, com teorias sobre inovação, disrupção e transformação digital, e seus conteúdos ajudam a entender movimentos que aconteceram recentemente e a prever futuras disrupções. Além desses, destaco canais consagrados, em especial os de HBS (Harvard Business Scholl), e o brasileiríssimo João Branco.

O marketing é uma ciência complexa e profunda, e vai além da publicidade que vemos nos meios de comunicação.

É uma área estratégica, que tem um “backbone” gigante para fazer uma empresa funcionar de forma inteligente e eficiente.

Aprender é sempre bom, seja por qual forma você escolher, mas também é necessário testar seus conhecimentos. Para isso, nada melhor que o mercado.

Bruno Campos é CMO do Banco PAN.

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