Punta del Este, Uruguai – Para fechar o último dia da Gramado Summit Punta del Este, o jovem empreendedor João Pedro Motta palestrou sobre como o marketing do passado está em xeque.

Empresário desde os 17 anos, João Pedro atua no mercado de tecnologia, marketing, growth hacking e influenciadores; e foi reconhecido pela Forbes na lista “Under 30”.

Durante o talk, ele citou como marcas antigas e já consolidadas como Omo e Natura, por exemplo, estão competindo com influencers, do pequeno ao grande, que já conseguem equiparar as audiências.

Segundo ele, o marketing do passado, que é o de promessa, está em xeque. Um dos motivos está relacionado justamente ao fato de ainda se basear em promessas enquanto o marketing de premissa foca na qualidade do produto ou serviço e na experiência do consumidor.

No marketing de premissa, a intenção é cultivar uma compreensão profunda e uma apreciação autêntica pela oferta, promovendo, dessa forma, uma conexão genuína com a audiência.

E é justamente a premissa que vemos quando os creators entram em ação. “Os creators conseguem acessar muito mais rápido a audiência e até com menos recursos”, reforçou.

Importância do growth hacking

Um funil de vendas consiste na jornada que o cliente percorre para comprar um produto. O processo faz parte dos negócios do marketing tradicional e foi criado em 1898 pelo publicitário norte-americano Elias St. Elmo Lewis.

Porém, em uma era na qual o físico se mistura ao digital, a publicidade tomou outro rumo. Com os desafios da internet, o marketing tem a necessidade de se reinventar.

Na visão de João Pedro, desenvolver algo novo dá trabalho, principalmente quando as tentativas resultam em erro mais vezes. E é aqui que o growth hacking entra em cena.

Para Motta, o ideal é reunir um time constantemente para tentar melhorar algo em pelo menos 1%, o que já é complicado. “Se com frequência for possível alcançar essa pequena melhora, no fim do ano a empresa já vai ter conseguido uma porcentagem de 200% em resultados prósperos, o que é genial.”

Ainda sob a análise de Motta, ainda existem empresas que só se importam em ganhar mais clientes, sem olhar para aquele que está saindo.

“Algumas corporações não querem resolver um possível problema. Preferem continuar perdendo clientes, olhando para um só caminho, que é o de captar cada vez mais leads”, salientou.

Futuro

O futuro será muito mais pulverizado, na visão de Motta. “As pessoas querem pertencimento. Elas gostam e preferem ter o poder de escolha, algo que os algoritmos já entendem”, complementou.

Sob a análise do empreendedor, uma marca, hoje, que deseja atender todo mundo é genérica, o que vai na contramão do que o cliente deseja. “A marca precisa, então, estar no nicho; conectar com as pessoas. As pessoas querem personalização e consumir algo específico”, ressaltou.

Batalha de Startups

Em dois dias de evento, na primeira experiência fora do Brasil, a Gramado Summit reuniu 2 mil participantes em Punta del Este. E, entre as atrações, teve a famosa Batalha de Startups.

O pódio ficou assim: Metabix Biotech em primeiro, Hablla em segundo e Boxes em terceiro lugar.

A vencedora da competição recebeu um aporte de 75 mil dólares da Ventiur e também uma aceleração. Serão nove meses de validação de hipóteses, com acompanhamento da aceleradora e de investidores.

Agente de mudança global, a Metabix Biotech atua na prevenção de doenças que afetam plantas, animas e humanos.

A Biotech desenvolve uma solução tecnológica avançada que combina hardware, biotecnologia e inteligência artificial para avaliar a pressão ambiental de infecção no ar, incluindo doenças conhecidas e emergentes.