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Gramado Summit Punta del Este: é necessário trabalhar com o coração

No primeiro dia de evento, João Branco instiga o público a refletir sobre a carreira e como agir com as pessoas no ambiente de trabalho

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Fotografia colorida mostrando homem palestrando com a marca do McDonald's atrás em um telão-Metrópoles
1 de 1 Fotografia colorida mostrando homem palestrando com a marca do McDonald's atrás em um telão-Metrópoles - Foto: Divulgação

Punta del Este, Uruguai – Qual é o seu trabalho? E quanto tempo você passa trabalhando? Instigando a plateia, o profissional de marketing número do Brasil, João Branco, aqueceu o palco Convergente no primeiro dia da Gramado Summit Punta del Este com o tema “Leve o seu coração para o trabalho”.

O processo tem uma proposta única, a de direcionar a carreira, esclarecendo pontos que ninguém dentro das empresas está disposto a falar, discutir, aconselhar e nortear, como o valor das pessoas no ambiente corporativo, por exemplo.

O que você ganha quando trata alguém com carinho? O que você pode conquistar se der asas aos seus talentos e escolher fazer aquilo que te dá mais prazer?

O profissional está no Top 10 melhores CMOs do Brasil pela Forbes. Dedica-se a aulas, palestras, conselhos e à carreira de escritor. Branco conta com um histórico impressionante e uma visão estratégica inovadora de mais de 20 anos. No McDonald’s, por exemplo, liderou o time que fez a marca virar Méqui e bateu todos os recordes do Big Mac.

Contudo, João Branco não estava ali para falar nem fazer marketing, mas, sim, para tocar em um ponto crucial, questionando: Quanto tempo da sua vida você passa trabalhando? No mínimo, metade do tempo. “Isso é maior do que todas as outras coisas juntas que, quando juntas, não dão o tempo que você passa trabalhando”, afirmou.

Por isso, “o seu trabalho não é só seu trabalho”. Dentro desse período de atividade, a pessoa também está vivendo, ou seja, ajudando pessoas, facilitando ações e impactando o ambiente corporativo a partir das próprias ações. Para Branco, não é uma disputa; é um presente que deve ser aproveitado.

Fazer o que gosta e levar o coração para o trabalho já são necessidades latentes no mercado. E isso faz alinhar comprometimento, responsabilidade, atenção aos detalhes e, como consequência, paixão por desafios.

Propósito

Para falar sobre propósito, o profissional indagou sobre o fato de se passar metade da vida fazendo realmente aquela determinada função ou estando exatamente naquela área. Isso, certamente, pode cair na mesmice e não agregar mais na vida do trabalhador.

Por outro lado, ele assegurou que, se até um “marqueteiro de batata frita” consegue dar um propósito ao trabalho, qualquer outra pessoa consegue. E isso não se restringe a mudar de trabalho. A mudança pode ocorrer na mesma função, dentro do mesmo ambiente corporativo.

E o propósito encontrado por João foi o de saber apostar em um atendimento de qualidade, baseado em três quesitos fundamentais, como intenção, importância e excelência.

  • Intenções importam: quando aquele profissional realmente está disponível a ajudá-lo, é perceptível, seja um motorista, um médico ou até um professor. O ideal é trabalhar com a intenção certa; de servir, ajudar e, sobretudo, amar o próximo.
  • As pessoas precisam de você: sim, as pessoas precisam do que você faz, mas mais de você. E a precisão tem uma cadeia de projeções. Quando alguém intercede pelo pão de cada dia, ela mira a atenção para quem planta o trigo, para quem o colhe e até para o padeiro, que o prepara. Afinal, o alimento não chega sozinho à mesa.
  • Excelência = amor ao próximo: aqui, é importante combinar performance com propósito. Ao mesmo tempo em que um CEO cobra excelência, ele pode reservar alguns segundos do dia para elogiar um funcionário. E é isso que faz a diferença; importar-se com as pessoas; sempre lembrar de que alguém perto de você precisa de você; do que você faz.

“Trabalhe com a IA, mas não esqueça de levar o seu coração para o trabalho. O ambiente corporativo precisa de você; com aquela piada de tiozão mesmo ou aquele sorriso largo.”

João Branco, profissional de marketing

O resultado disso, na visão de João Branco, é transformar metade da vida em amor ao próximo, que é justamente o tempo que se passa trabalhando. “Dá para amar nas horas vagas e pagas também”, reforçou.

Batalha de Startups

Nesta quinta também teve a tradicional Batalha de Startups. A vencedora da competição receberá um aporte de 75 mil dólares da Ventiur, com possibilidade de chegar a 150 mil dólares por meio de co-investimento. Este ano, estão disputando nove empresas, entre elas Growth DATA, Hablla, Bord, Metabix Biotech e Arreglatodo.

No primeiro “ranking”, as startups tiveram a oportunidade de se apresentar, descrevendo etapas e funções da empresa, incluindo problema de mercado, modelo de negócios e investimentos.

Amanhã, no segundo dia do evento, serão definidas as seis semifinalistas e os três campeões da batalha.

Fotografia colorida mostrando homem fazendo apresentação dentro de ringue durante conferência-Metrópoles

Legalização

Ainda nesta quinta, a advogada e CEO Patrícia Villela, presidente do Instituto Humanitas360, palestrou sobre um assunto no qual o Uruguai é pioneiro: a legalização da maconha.

Para se aprofundar no tema, a executiva afirmou que precisou passar por um processo disruptivo; de quebra de preconceitos. Afinal, a advogada tem berço conservador. Então, o que antes sempre soou como “é coisa de maconheiro”, hoje reflete e se traduz em uma pauta de saúde, terapia e, em especial, inovação.

Devido à profissão, soube de casos em que mulheres, sem ficha criminal, foram presas por tráfico. O que, na verdade, se resumia ao uso do óleo da cannabis para tratar patologias nos filhos; o único medicamento possível para o processo de cura.

Durante o talk, ela ainda destacou o documentário Ilegal, a vida não espera. O longa aborda o uso da maconha para fins medicinais, com histórias de pessoas que lutam contra o preconceito e a burocracia para usar legalmente os remédios contra dores crônicas ou crises epilépticas.

Segundo a advogada, é preciso legalizar a cannabis para os usos medicinal e recreativo. “E não só isso! É preciso de uma comunicação assertiva para que chegue da maneira correta às pessoas”, complementou.

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