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“Fui contra tudo e contra todos”, afirma Gustavo Tubarão

Em entrevista exclusiva ao Metrópoles, influenciador digital conta como começou a gravar os divertidos vídeos que conquistaram milhões

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Gustavo Tubarão
1 de 1 Gustavo Tubarão - Foto: Reprodução/Instagram

Mineiro raiz, o influenciador digital e criador do bordão ram tchê tchê tchê Gustavo Tubarão começou a gravar e editar vídeos em 2017 como terapia para tratar da Síndrome do Pânico após perder um grande amigo. Contudo, durante a pandemia, decidiu usar essa habilidade para divertir aqueles que estavam em isolamento. Hoje, ele acumula quase 6 milhões de seguidores no Instagram e mais de 10 milhões em todas as redes sociais.

Aos 22 anos de idade, o agroboy do sul de Minas Gerais não imaginava ter um alcance tão grande. Para entender um pouco da história do influenciador digital, o Metrópoles o entrevistou, com exclusividade, na Gramado Summit, evento que ocorreu no Rio Grande do Sul entre 6 e 8 de abril.

Confira a entrevista na íntegra:

Há receita pronta para ser um bom influenciador digital?

Acho que não tem uma receita exata, mas o que funcionou comigo foi que, quando eu comecei a gravar vídeos, eu tentava imitar alguns influencers que já existiam. Só que nunca deu certo. Além disso, eu sempre tive medo e vergonha do meu sotaque, vergonha de ‘ser dá roça’, porque eu sofri muito bullying. Então, quando comecei a ser eu e a não ter vergonha do meu sotaque, as coisas começaram a fluir e a darem certo. Para mim, essa foi a receita.

Quais as dicas que você dá para quem está começando nesse mercado de influencer agora?

Por mais clichê que seja, não desista de fato mesmo, pois eu fui contra tudo e contra todos. Na minha família, só tem advogados e falar para eles que eu queria largar a faculdade de Direito para entrar no teatro foi a pior coisa do mundo. Em roda de amigos, o povo me zoava, e eu digo que, se você realmente quer isso, tem que entrar de cabeça sem ter medo de nada.

Por que você acredita que fazer vídeos do seu dia a dia deu tão certo?

Não tinha um influenciador antes que mostrava o lado roça. Eu, inclusive, me espelhava em outros influencers. Comecei a mostrar a realidade da roça mesmo. Eu converso errado, então mostrar essa realidade do interior fez com que muita gente se identificasse. Eu pensava que, para fazer dar certo, eu tinha que ter sotaque paulista, pois eu via influencers assim. E, a partir do momento que eu comecei a ser eu, muita gente começou a identificar-se comigo e isso fez com que eu crescesse.

Como foi o começo da sua carreira digital?

No auge da pandemia, eu comecei a estourar com o primeiro vídeo meu, que foi imitando um gringo. Na época, estourou uma gringa no Twitter em que ela falava super mal do Brasil e bem deles. E eu fui e inventei um personagem gringo falando bem das quebradas de BH e mal dos Estados Unidos e rendeu. Consegui os meus primeiros 100 mil seguidores por causa desse vídeo. Então fui sempre inovando.

Como você lida com toda essa fama?

Comecei a gravar vídeos para tratar a Síndrome do Pânico em 2017. Eu não sabia que ia virar isso tudo. Só de gravar e editar meus vídeos era uma terapia para mim, que, hoje, virou trabalho. E eu fico feliz demais com o carinho dos meus fãs. Quando eu vou para alguma cidade no interior de Minas Gerais, tem gente que chora quando me vê. Fico muito emocionado. É sinal que deu certo mesmo.

Você já trabalhou com uma marca que você sempre quis?

Sim, Guaraná Antarctica é a principal que trabalho hoje. Inclusive, vou lançar minha própria marca de identificação mineira com gírias, que será tanto para os mineiros quanto para os goianos.

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