Fake Out of Home nas estratégias de marketing
Rodrigo Roccasecca, COO da bauc., afirma que o limite do FOOH é a criação aliada aos objetivos
atualizado
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No ano passado, uma nova estratégia vem se destacando e ganhando relevância em projetos de marca com foco em awareness, o Fake Out of Home (FOOH). Com um viés bastante inovador alia o digital com off-line, ampliando possibilidades e caminhos para as marcas. Vamos ver um pouco mais sobre e como aproveitar essa tendência para criar experiências diferenciadas.
Antes de mais nada, vamos entender o que é o FOOH, o Fake Out of Home refere-se a uma técnica que simula ativações de marcas em ambientes/cenários por meio de CGI (computação gráfica). Com essa técnica, as marcas têm a possibilidade de criar situações improváveis ou de alta complexidade para divulgação em seus canais digitais, como por exemplo a Adidas que fez um de seus modelos atravessando as ruas de São Paulo.
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O grande segredo é fazer uma peça bastante realista e que se integre ao ambiente, para assim não causar uma estranheza. Sempre é bom utilizar um take real para respeitar ritmo, iluminação e afins e deixar a imaginação fluir.
Agora que sabemos o que é e como fazer, vou destacar as duas principais vantagens e porque pode ser uma estratégia a mais no seu mix de marketing.
Possibilidade de explorar o imaginário
Ou seja, podemos ir além de só falar de um benefício, a gente pode explorar com uma figura de linguagem que expande e extrapola, que é a hipérbole – utilizada em infinitas campanhas – e assim explorar realmente os benefícios, atributos e diferenciais que queremos destacar. Exemplo a passada de cílios da Maybelline em um trem.
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Alcance e visibilidade
Por ser ainda uma estratégia não tão difundida, sempre que algo muito diferente aparece a tendência é que o público fale mais sobre, reverberando o assunto mesmo que não seja o seu consumidor direto, então em termos de awareness de marca temos um volume enorme, principalmente com a discussão por exemplo “foi real, será que fizeram dessa forma?” ou elogios de “ficou incrível”.
Com o avanço da tecnologia de computação gráfica, dos profissionais e também das IAs generativas, esse universo vai ganhando espaço, teve um pequeno boom, ouso dizer que não ficou saturado, mas quando mal feito soa bem mal.
Sempre importante, vale sempre deixar claro que aquilo não é real, transparência é a chave. Ainda é tempo de utilizar e se destacar da concorrência. Assim como toda nova mídia, ainda temos muito a avançar, mas novamente, a criatividade é a chave para que essas interações fiquem na cabeça e no imaginário dos consumidores.
Rodrigo Roccasecca é sócio/COO da agência bauc.