Estratégia de employee branding é diferencial competitivo no mercado
Daniela Viek, especialista em Personal Branding, defende que empresas trabalhem a marca junto aos colaboradores para aumentar reputação
atualizado
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Quando se fala em comunicação, as estratégias externa e interna da empresa são fundamentais para gerar uma percepção positiva de local de trabalho. É aí que entra o chamado employee branding, conceito que vem crescendo nos últimos anos, pois ajuda a promover maior diferencial competitivo no mercado, além de engajar e reter talentos. Resumidamente, o termo trata da imagem da empresa enquanto marca empregadora.
Para Daniela Viek, especialista em Personal Branding e professora, trabalhar a marca pessoal do colaborador é necessário para ele e para a empresa. Segundo ela, nas culturas corporativas, a mentalidade de integrar e alinhar as marcas pessoais à marca corporativa vem crescendo, lado a lado com a estratégia do employee branding. “Hoje, o desejo de toda marca ativa no mercado é ter a própria comunidade de ‘advogados da marca’, alcançando o que podemos chamar de valor de reputação. Há empresas que possuem inclusive programas ativos nesta área”, comenta.
O desafio é grande. De acordo com um estudo realizado em 2020 pela Qualtrics, apenas 53% dos colaboradores estão engajados no seu trabalho. Para Daniela, é fundamental que gestores encontrem maneiras de mostrar aos colaboradores o porquê de cada produto ou serviço desenvolvido, a verdade por trás da solução. “Neste cenário pode entrar o storytelling no ambiente corporativo, como a empresa constrói esta narrativa primeiro para seu público interno para depois propagá-la ao mercado”, justifica a profissional.
Em meio ao debate do employee branding, é importante que os gestores estejam atentos a características como influência, reputação, senso de responsabilidade e engajamento com a marca corporativa. Hoje em dia, inclusive, algumas marcas preferem incentivar criadores de conteúdo e influenciadores digitais a se tornarem embaixadores da marca.
A Toyota, por exemplo, incentiva a participação voluntária dos profissionais na comunicação. Os chamados Sakuras são influenciadores internos que contribuem para acelerar a circulação de importantes informações na organização. Segundo a empresa, os Sakuras têm um papel fundamental para engajar todos os níveis – da linha de produção, gerência ou diretoria.Para Daniela, todos os colaboradores devem ser observados, inclusive terceirizados, que podem, por exemplo, ter atitudes que prejudicam a marca corporativa para a qual prestam serviços. “Creio que programas mais estruturados são mais facilmente encontrados em empresas de médio e grande porte. Mas, o mindset e algumas práticas podem ser aplicadas por qualquer porte e segmento de atuação da empresa. Você tem um funcionário? Já pode começar a pensar nisso”, conclui a especialista.