Estátua de Leopoldina chama a atenção para violência contra mulher
Em ação da Sindilegis realizada pela Agência Cálix em SP e no RJ, a monarca aponta o dedo para Dom Pedro I acusando-o de agressão doméstica
atualizado
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A violência contra a mulher, que sempre foi um problema sério no Brasil, teve crescimento durante a pandemia e o isolamento social causados pela Covid-19. Por isso, na hora de abordar o tema em uma ação publicitária, era preciso levar a discussão a um outro patamar para fazer com que o assunto ganhasse destaque e ainda mais relevância.
Para chamar a atenção sobre a questão de forma inusitada e impactante, a agência brasiliense Cálix Propagando criou uma ação institucional para o Sindilegis para lá de criativa. A empresa instalou nessa sexta-feira (9/7) uma escultura da princesa Leopoldina próxima a estátua que homenageiam Dom Pedro I na Praça Tiradentes, no centro do Rio de Janeiro.
A monarca aparece apontando o dedo indicador para o imperador, acusando-o da violência sofrida – durante anos a jovem esposa teve que viver com a infidelidade e as agressões físicas cometidas pelo marido – e chamando a atenção para a grave questão que existe até hoje.
“Muitas vezes vista como uma figura coadjuvante na História do Brasil, a princesa Leopoldina está sendo, cada vez mais, mostrada como um personagem fundamental para o sucesso da independência de nosso país. Além disso, sua visão como simples vítima das traições e agressões do marido, D. Pedro I, está sendo rediscutida à luz das cartas em que ela denunciava a violência doméstica”, explica a agência.
Em cada monumento há um QR Code. Ao apontar a câmera do celular para o código, as pessoas que passam pelos locais são direcionadas ao site www.denuncialeopoldina.com, onde toda a ação está explicada. Segundo a agência, o objetivo é dar mais visibilidade e aumentar as denúncias de violência doméstica para o Ligue 180.
Ação também deverá ser realizada em mais uma capital do país. O projeto teve produção de vídeo da Ça Va e áudio da Ritmika Audio Arts, ambas de São Paulo.