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Escalada de sofisticação em IA vai tornar Alexa cada vez mais presente

Resultado dos avanços em inteligência artificial, assistente virtual da Amazon entra em nova fase e terá uma “presença invisível”

atualizado

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Ben McShane/Web Summit
web smmit 2022
1 de 1 web smmit 2022 - Foto: Ben McShane/Web Summit

Quanto mais tempo as pessoas ficarem grudadas a uma tela, melhor. Eis é o raciocínio da maior parte das empresas na atualidade, fazendo com que invistam grandes somas de dinheiro para disputar e capturar a atenção dos usuários. Mas esse não é mais o propósito da Amazon com a Alexa: a assistente virtual deve interagir com as pessoas apenas quando for realmente necessária. Em outras palavras, a ordem é para que a assistente virtual desapareça — a menos que você precise dela.

O nome para esse novo momento atende por “inteligência ambiental”, como detalhou Rohit Prasad na palestra de abertura do segundo dia da Web Summit, em Lisboa. O vice-presidente e head scientist da companhia fez um resgate dos avanços do device que completou oito anos de lançamento e ocupa a liderança no mercado. E segue crescendo, tornando-se mais presente no dia a dia: nos últimos 12 meses, as interações aumentaram 30%, segundo o executivo indiano.

Ela te conhece como ninguém

“A primeira encarnação da inteligência ambiental foi a Amazon Eco. De repente, você falava com o ambiente, e ele respondia de volta. Essa é a [novidade] mais óbvia”, disse o VP, revelando o primeiro desafio da ferramenta, ainda em 2014. Graças a esse recurso, em áudio, a assistente virtual consegue cada vez mais interpretar as emoções de seus usuários.

Mudanças na entonação da voz são percebidas pela Alexa — como sinais de irritação ou tristeza. E ela, quando perguntada sobre o resultado do jogo de seu time de futebol, responderá com alegria se ele estiver ganhando. E passará a informação de forma mais objetiva em caso de notícias não tão boas.

Aliás, a leitura dos gostos e do comportamento dos “assessorados” também se torna, a cada dia, mais precisa. Alguém ouviu uma música sugerida pela Alexa até o fim? Sinal de que agradou. E se foi interrompida na metade? Não será mais indicada. Um livro foi indicado e, depois, comprado na Amazon? Ponto para ela. Esse histórico ajuda a compor um perfil detalhado sobre seus usuários, graças a um estoque gigantesco — e invejável — de dados.

A depuração da realidade alcançou um outro patamar quando o áudio ganhou um complemento e tanto. A partir da instalação de câmeras, é possível captar de forma ainda mais detalhada as reações e a rotina das pessoas. Recentemente, essa escalada na sofisticação da inteligência artificial gerou controvérsia quando um recurso experimental foi exibido: a imitação da voz de parentes mortos. Novidade descrita como “descoberta científica” por Rohit Prasad.

Alexa quer ser mais do que assistente

É natural que o leitor pergunte onde isso vai parar. O vice-presidente deu alguns indícios para o público da Web Summit: com avanços na inteligência ambiental, a assistente terá uma presença cada vez mais invisível na vida das pessoas. Responderá quando acionada e tomará um “chá de sumiço” no restante do tempo.

“Ela não é só uma assistente, mas uma companheira e conselheira”, afirmou o indiano, citando casos de idosos e crianças — público que costuma cultivar um relacionamento mais emotivo e próximo com a criatura da Amazon. Outro passo importante que precisa ser dado? Antecipar-se mais, automatizando tarefas. A caminho do escritório, um empresário dará “bom dia” para a Alexa, e ela tocará as canções favoritas e indicará o melhor caminho para fugir do trânsito.

E já que se falou de futuro o tempo todo, o VP arriscou um palpite sobre como estará a assistente virtual nos próximos oito anos. Não faltou otimismo: “Queremos que a inteligência artificial esteja disponível em todos os lugares e para todas as pessoas. Deve simplificar a vida, aumentando o tempo que se passa com quem se quer passar”. Anote aí: em 2030, saberemos se a previsão se concretizou.


O portal Metrópoles está presente na Web Summit 2022, em Portugal. A curadoria da cobertura tem a assinatura da Brivia, com geração de conteúdo da Critério — Resultado em Opinião Pública.

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