Em expansão, Brivia se especializa em dados para entender o mercado
Agência conta com áreas estruturadas que trabalham para tirar insights estratégicos dentro do grande volume de informações do Big Data
atualizado
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Muito se fala do uso correto de dados para entender melhor os comportamentos dos consumidores. Trata-se de um assunto amplo que engloba desde a recente Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) até o entendimento das marcas e empresas sobre as informações que coletam.
Quando o usuário navega na internet, mesmo sem saber acaba fornecendo uma série de informações como gostos pessoais, produtos que tem interesse, sites que mais visitam, tipo de notícia que lê, entre outra coisas. Essas não são consideradas, necessariamente, como informações pessoais, mas, sim, dados sobre o comportamento digital de cada internauta.
E isso é valioso demais para as empresas e também para os governos. Eliel Allebrandt, marketing e key account director da agência Brivia, explica que todas as decisões que toma no trabalho são baseadas em dados. “O nosso desafio é ser preditivo sobre o comportamento das pessoas”, justifica. Segundo ele, ao fazer um bom uso de dados é possível realizar campanhas publicitárias extremamente direcionadas.
O especialista foi responsável pelas operações do grupo Isobar na conta do governo federal por quase 20 anos. Entre os projetos que participou ele cita o Portal do Banco do Brasil e a estruturação da comunicação digital da Secretaria de Comunicação da Presidência.
Na Brivia, Wagner Cambruzzi também é especialista. Com 20 anos no mercado tecnológico, é o head of data intelligence da agência e trabalha muitas vezes com Eliel no planejamento de estratégias que envolvam as duas áreas.
Segundo ele, atualmente as empresas ainda estão numa fase preliminar de coleta de dados, pois trabalham com perspectiva de passado. “A gente olha para o dado para saber o que aconteceu e correlacionar com o passado, como uma maneira de entender padrões”, comenta. No entanto, ele argumenta que com a aceleração digital na pandemia, foi possível ir mais à fundo e entender um pouco do que virá.
Entre os desafios na área, Wagner explica que falta nas agências e no mercado mais correlação entre as áreas para entender o cenário como um todo. “Ter dados não é um problema. O desafio como empresa não está em coletar, mas, sim, categorizar para usar isso de maneira eficiente. Dessa forma, é possível cruzar e identificar padrões de comportamento para concluir uma tese e tirar a estratégia”, diz o especialista.
Atualmente, a Brivia tem na carteira clientes como Banco do Brasil, Carrefour e Vivo. As equipes responsáveis são todas multidisciplinares e bastante robustas. Há pessoas com formação em exatas e em humanas.
Pensando em atender bem a demanda por profissionais e levando em conta que essa área ainda vai crescer muito nos próximos anos, especialmente com a entrada do 5G no Brasil, a empresa criou o Data Training Program, um projeto que visa lapidar talentos. O programa funciona como espécie de treinamento e trilha de aprendizagem para quem deseja seguir na área. “Não dá para tratar dados com visão rasa, porque isso pode ser levado para uma visão errada. O dado não conta a historia. Quem conta a historia é quem tá lendo ele”, conclui Wagner.