Dicas para ter eficiência nas campanhas para TVs conectadas
Confira quatro dicas para garantir eficiência e qualidade na experiência da audiência
atualizado
Compartilhar notícia
Estamos vivenciando o crescimento exponencial das plataformas de streaming já há alguns anos. Um dos fatores que traciona essa ascensão é a possibilidade de acompanhar conteúdos premium como filmes, séries, shows e eventos esportivos nas telas das TVs conectadas (CTV).
Os investimentos publicitários seguem a audiência e o direcionamento de recursos também aumenta nesse meio digital.
Porém, dúvidas sobre transparência, segurança de marca e controle de qualidade da experiência dos usuários são recorrentes entre os anunciantes.
O ponto-chave nessa questão está no papel determinante que o ad server exerce em conjunto com a supply-side platform (SSP, na sigla em inglês) nesse ambiente híbrido, com vendas diretas e programáticas.
Quando recorremos ao e-commerce queremos que o vendedor seja eficiente ao receber o pedido e acondicione bem o produto para a ser despachado, além de contar com boa logística de entrega. É o mínimo.
Em uma analogia não aprofundada, o ad server cumpre esse mesmo papel com os anúncios. Porém, as soluções mais avançadas contam com tecnologias que ajudam muito na construção da “experiência de televisão” para o usuário. Já para os publishers, contribui para obtenção de máxima monetização, considerando as fontes diretas e programáticas de demanda.
Conheça quatro aspectos cruciais para garantir mais eficiência, transparência e qualidade da experiência proporcionada pela publicidade nas TVs conectadas:
Creative review
O creative review dos anúncios é um fluxo fundamental do processo de veiculação das campanhas programáticas.
Nesse sentido, o ad server pode contar com tecnologias embarcadas que analisam os anúncios, incluindo aspectos como a normalização do volume de áudio, claridade da imagem e, até mesmo, linguagem.
Outra possibilidade é a atribuição de metadados ao video ad, que são identificados pelo ad server para a tomada correta de decisões.
Esse movimento favorece a eficácia e já pode ser feito com workflow totalmente automatizado, com uso de machine learning. A automação torna essa etapa facilmente escalável, com eficiência maior em relação ao creative review manual.
Montagem do bloco de anúncios
Players do streaming já sabem que a qualidade da experiência será fator cada vez mais decisivo para o engajamento da audiência. Ou seja, gerenciar bem os espaços disponíveis e encadear bem o bloco de anúncios passa a ser essencial para as plataformas.
Recursos avançados do ad server também contribuem na busca da melhor equação para inserção dos anúncios dentro do break publicitário.
Há soluções com medidas de salvaguarda que evitam repetição das mesmas peças no bloco e garantem a separação competitiva, evitando a presença de marcas concorrentes.
Live streaming
A transmissão ao vivo no streaming possui algumas peculiaridades, especialmente em eventos esportivos.
Imagine uma partida de futebol que vai à prorrogação e, em seguida, para disputa de pênaltis. Nesse exemplo, temos breaks que sequer estavam programados e com durações variadas.
Além disso, essas ocasiões geram grande oscilação nos níveis de audiência, com picos muito grandes. É preciso estar preparado.
Brand safety
O ad server pode adotar medidas de proteção que evitam veiculação dos anúncios em conteúdos que podem ser sensíveis para as marcas.
Os proprietários de inventário também podem configurar algumas restrições para exibição como faixa etária da audiência, por exemplo. Dependendo do ad server, eles também podem permitir categorias específicas do IAB.
Estamos vivenciando um momento decisivo no qual as TVs conectadas estão consolidando novos hábitos de assistir televisão.
Não há mais espaço para derrapar por conta de superexposição dos usuários a anúncios programados de forma inadequada e outros problemas até então comuns.
Rafael Pallarés é vice-presidente da Magnite para a América Latina.