Denis Shirazi, da 20DASH, dá dicas para incorporar tecnologia na comunicação
Em meio às adaptações da crise sanitária, o CEO e fundador da startup comenta práticas para obter resultados significativos
atualizado
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A tecnologia avançou muito por conta da pandemia. Algumas indústrias como varejo, restaurantes e redes de ensino vivenciaram uma imersão urgente e necessária para continuarem em funcionamento. Enquanto outras como bens de consumo, entretenimento e turismo ainda estão se reestruturando no novo momento.
Para Denis Shirazi, CEO e fundador da 20DASH, a realidade virtual, bem como outras tendências tecnológicas, surgiram para ajudar esses setores a retomarem o crescimento e até mesmo desenharem oportunidades que ainda estão apenas na imaginação, como viajar virtualmente ou conversar com um ídolo da música por meio da Inteligência Artificial.
A 20DASH é especializada em Realidade Aumentada, sendo esse um dos carros-chefes, além do desenvolvimento de Aplicativos, Realidade Virtual e Inteligência Artificial. A empresa já entregou soluções para algumas das mais importantes marcas nacionais e internacionais, como: Americanas, Via Varejo, Casas Bahia, Ponto Frio, Magazine Luiza, Pepsico, Burger King, Mars, Bradesco Seguros, Reebok Internacional e Adidas Internacional.
“O investimento em novas tecnologias requer um perfil de anunciante mais agressivo. Por ser algo recente, não possui muitos cases de sucesso ou resultados de performance de longo prazo”, ressalta o especialista. Ele afirma que a expectativa ao apostar em novas tecnologias não está ligada necessariamente à performance de vendas, mas na esperança de um retorno maior.
Por isso, Shirazi selecionou as cinco principais práticas para aplicar a tecnologia na comunicação a fim de obter bons resultados:
• Incorpore soluções tecnológicas desde a concepção da estratégia de comunicação, para que estejam integradas ao plano
Grande parte da tecnologia utilizada na indústria tem por objetivo a redução de custos do plano de comunicação. Porém, muitas vezes a expectativa está em cima da repercussão que o uso de determinada tecnologia gerará em canais de notícia, promovendo grandes cases de sucesso do mercado e retornando o investimento de mídia ou ‘earned media’. É preciso lembrar que uma boa estratégia de comunicação e marketing possui uma ampla gama de canais, ou seja, distribuir de maneira inteligente o que precisa ser dito por meio de aplicativos mobile, lives, messaging bots, voice assistants, filtros de Realidade Aumentada, interações de realidade virtual, entre outras centenas de formatos e canais.
• Testar e aprender. Não espere um guia de como usar uma tecnologia inovadora para a marca. Mesmo porque, quando isso existir, não será mais uma novidade
Hoje existem centenas de opções de aplicativos mobile que ajudam os anunciantes a produzir conteúdos para as redes sociais mais populares. O Social Selling, por exemplo, é uma ferramenta muito interessante para dar um primeiro passo nesse mundo virtual. Basicamente, é um filtro de realidade aumentada que facilita a produção de vídeo para campanhas digitais voltado, principalmente, para pequenos anunciantes que não possuem muitos recursos para a produção de vídeos comerciais. Novas tecnologias como essas surgirão o tempo todo, democratizando ainda mais a comunicação e criando oportunidades para grandes e pequenos anunciantes de inovar cada vez mais.
• Trabalhar em parceria com os desenvolvedores
Parte da estratégia de aderir tecnologia à comunicação, para quem espera resultados a curto prazo, é a sincronia e o trabalho de time. Esses dois pontos são fundamentais, assim como a compreensão de que barreiras e aprendizados são elementos irrefutáveis desse processo. Por isso, é necessário tomar decisões de forma democrática, onde todas as partes estejam de acordo com o caminho escolhido e trabalhem com um único objetivo final.
• O protótipo é uma boa prática do mundo da tecnologia. Desenvolva um MVP para entender se a expectativa da teoria atende na prática também
O Produto Mínimo Viável (MVP) é importante para elaborar a versão mais simples e enxuta de um produto, utilizando o mínimo possível de recursos para entregar a principal proposta de valor da ideia. Nessa etapa, é possível validar o produto e entender se realmente é efetivo para o que foi proposto. Afinal, de nada adianta ter ideias mirabolantes inaproveitáveis.
• Escolha as empresas parceiras baseado na experiência no mercado e a relevância da tecnologia oferecida
Por fim, mas não menos importante, escolha um parceiro experiente e capacitado. Assim, você terá um bom suporte e conhecimento de outras áreas que podem integrar junto ao negócio. Hoje, com o advento da tecnologia, ficou bem mais fácil fazer a distinção entre algo que foi feito com diligência e o que não. Cada detalhe conta e você também já deve ter percebido isso. Por isso, ter experiência no mercado e qualidade são bens intangíveis e incompráveis que um bom parceiro te assegurará.