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Criativos discutem importância de campanhas inclusivas para a mensagem

Pensar no coletivo garante que mais pessoas serão impactadas pela ação. Governo federal segue atualmente por esse caminho

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Diversidade e inclusão marcam campanhas publicitárias do governo – Metrópoles
1 de 1 Diversidade e inclusão marcam campanhas publicitárias do governo – Metrópoles - Foto: YouTube/Reprodução

Tornar uma comunicação inclusiva é uma das premissas básicas para que a informação chegue de forma clara e objetiva ao maior número de receptores, independentemente do grau de escolaridade ou níveis de experiência. Diante dessa perspectiva, um dos primeiros passos para se construir a mensagem é pensar no coletivo e levar em consideração uma comunicação anticapacitista.

Por isso, promover campanhas que valorizem a diversidade e a inclusão e têm mulheres como protagonistas, entre outros pontos, são essenciais para fomentar a comunicação inclusiva. Por isso, agências de comunicação têm se preocupado cada vez mais com essa pauta.

A agência Nova/SB, por exemplo, desenvolveu campanha para o programa Mais Médicos fomentando a diversidade e a inclusão. A ação tem como objetivo mostrar o valor da iniciativa e a importância dela para a população. 

“Esse é um exemplo da nossa busca por uma linguagem simples e inclusiva. A frase sintetiza o que precisava ser dito que é ‘O Mais Médicos voltou renovado e melhor’”, explica Thomaz Munster, vice-presidente de Criação da agência Nova/SB. “Com essa mensagem, entendemos que os interessados da classe médica buscarão os editais, ao mesmo tempo em que prestamos contas para toda a população de que houve um esforço para melhorar o programa com os aprendizados extraídos da edição anterior.”

Segundo ele, o governo está retomando o calendário de ações na área de saúde, que ficaram muito comprometidas nos últimos anos por causa da pandemia. “Inclusive, dentro do Executivo federal, podemos notar que as campanhas estão mais humanizadas e voltadas para as pessoas.”

Além disso, o VP de Criação acredita que os desafios da comunicação inclusiva em campanhas publicitárias são grandes. “Isso porque o Brasil é um país diverso, desigual, de proporções continentais e que ainda está dividido politicamente. Eu acredito que as principais ferramentas para as grandes campanhas de utilidade pública, hoje, são a simplicidade na linguagem, o uso inteligente dos meios, principalmente o digital, e um tom pacificador, de união.”

Rogerio Chetto, diretor de Criação da agência DeBrito Brasil, concorda e vê a mudança na comunicação de forma bastante positiva, pois expressa a diversidade do povo brasileiro, além de respeitar as diferenças e escolhas de cada um. 

“No fundo, são linguagens mais humanas e, por isso, são mais verdadeiras. E o segredo para qualquer campanha ter sucesso é conectar o público a uma comunicação que fale a verdade”, estrutura.

Chetto, que participou diretamente do processo criativo da campanha de Carnaval para o Ministério da Saúde, afirma que foi uma forma de construir um discurso alinhado aos objetivos do governo.  

“O caminho da união e da reconstrução passa pelo respeito à diversidade e às diferenças. É impossível retomar essa jornada sem promover a inclusão ou ter uma mensagem mais democrática que atinja a todos e sirva de alicerce para toda a sociedade, principalmente para que os que mais precisam possam retomar a sua vida com mais alegria, esperança e oportunidades”, elucida.

O executivo explica que o processo de criação para o Carnaval não poderia ter sido diferente, uma vez que foi bastante intenso e produtivo. “Foi uma iniciativa que envolveu toda a agência e, ao mesmo tempo, foi algo que teve um ritmo próprio, um forte elemento musical e, por que não dizer, poético. Acima de tudo, a ação teve o compromisso de disseminar uma mensagem verdadeira e acolhedora de forma criativa, assertiva e democrática”, revela.

Desafios

Promover diversidade e inclusão ainda é um desafio. “Incluir grupos minoritários não é uma escolha, mas sim um princípio. O que procuramos fazer é buscar essa inclusão em todo o processo e não apenas na escolha do elenco para determinada peça publicitária”, afirma Thomaz Munster.

Para Pablo Seabra, também diretor de Criação da DeBrito Brasil, o principal desafio é fazer com que a comunicação inclusiva faça parte de um processo evolutivo, que estimule o debate e aumente a visibilidade a todo momento, que não seja algo pontual e que, assim, possa contribuir para a criação de uma cultura mais inclusiva na publicidade e na sociedade como um todo. 

“É o governo da união e da reconstrução. Nós, da DeBrito Brasil, estamos muito alinhados com esse discurso. Vemos isso com muita alegria, otimismo e, para ser sincero, até com um grande alívio de, agora, poder mostrar a realidade do nosso povo, mostrar as coisas como elas são de verdade, dentro de um discurso de união para reconstruir e retomar um caminho que jamais deveríamos ter saído”, acrescenta.

Outra campanha

Uma campanha desenvolvida pela agência Nacional Comunicação teve como foco abordar os 100 primeiros dias do governo federal. Frases como “O valor da cultura voltou”, “o respeito internacional voltou” e “o respeito a todas as crenças voltou” compõem o cenário da ação que contempla natureza, trabalhadores, mulheres, indígenas e pessoa com deficiência. 

 

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