A creator economy, conhecida também como a economia dos criadores de conteúdo, não apenas alterou a forma de se expressar e aprender na internet, mas também de empreender. De acordo com projeções do banco de investimentos Goldman Sachs, esse mercado tende a ultrapassar a marca de US$ 480 bilhões até 2027.

O número revela que os chamados creators estão se tornando verdadeiras empresas, gerando receita por meio da criação e comercialização de conteúdos relacionados às suas habilidades, estilo de vida e paixões pessoais.

O impacto se estende por toda a cadeia de profissionais envolvidos, incluindo copywriters, especialistas em tráfego, videomakers e estrategistas de redes sociais, que são recrutados à medida que o negócio do criador de conteúdo cresce.

Prova disso são os dados da pesquisa Hotmart Insights 2023, que mostrou que mais de 17% dos produtores iniciantes no Brasil contam com um colaborador; enquanto entre os mais avançados, 77% revela ter pelo menos quatro colaboradores.

Um dos pontos curiosos é que o sucesso nesse mercado não está atrelado a um segmento ou formato do conteúdo, mas sim à capacidade de resolver problemas ou atender às necessidades de uma audiência específica.

Exemplos concretos na Hotmart, empresa global de tecnologia focada na creator economy, ilustram essa realidade. Temos casos como o chef Felipe Caputo, que transforma receitas sofisticadas de gastronomia em tutoriais práticos por meio de ebooks e cursos on-line.

Já a Loot Studios, fornece modelos digitais para impressão 3D de miniaturas de RPG e mantém uma comunidade de assinantes em mais de 100 países. Na área fitness, profissionais como Viviane Amato e Leandro Teixeira, do Simbora Trincar, ministram treinos on-line para serem feitos em casa, na academia ou em qualquer lugar.

Esses exemplos são apenas uma amostra das oportunidades oferecidas pelo mercado digital em diferentes nichos. E dentro desse tema, destaco um outro dado que merece a atenção:

25 milhões de brasileiros já compraram um produto digital ao menos uma vez na Hotmart.

Ou seja, se considerarmos que esse número representa apenas 20% da população economicamente ativa, ainda há um amplo mercado consumidor possível de ser explorado.

Quem souber entender os desejos de uma determinada audiência e transformar seus conhecimentos em conteúdos autênticos, certamente vai navegar nas oportunidades da creator economy. Mais do que uma jornada de descoberta pessoal e empreendedorismo, a criação e venda de conteúdo é, acima de tudo, uma chance para fazer a diferença e transformar vidas.

Leandro Conti é vice-presidente Global de Assuntos Corporativos na Hotmart Company.