Conteúdo criativo em 2024 é possível
Como elaborar estratégias efetivas para engajar audiências exigentes em um mundo digital em constante evolução
atualizado
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Goste ou não ficou muito mais fácil produzir conteúdo em massa. Copiar e colar também se tornou cada vez mais inútil. A criatividade humana é ainda insubstituível e a inteligência artificial será um excelente suporte para produzir conteúdo criativo, mas não vai fazer milagre.
Construir confiança e relacionamento envolve autenticidade e fugir justamente dos clichês que acontecem quando fazemos a inteligência artificial gerar dados. Ser criativo em 2024 significa sair da panfletagem digital e ir para uma era focada em métricas e na jornada do usuário.
Contar histórias pode ser a saída para ter a atenção por mais de três segundos da sua audiência e plantar uma semente na mente e coração dos clientes certos que podem comprar da sua marca.
Para ser criativo em 2024 é importante considerarmos que conteúdo bom dura pouco. Ser temporário: viver de stories, lives que saem do ar e ofertas temporárias são tão importantes quanto aqueles seriados que a cada episódio tem um final dramático, misterioso ou empolgante faz com que a gente avance para o próximo capítulo.
Abusar da urgência para gerar engajamento é o primeiro passo para criar ofertas de conteúdo que realmente grudam na mente da audiência. Oferta de conteúdo não é vender nada. Muito menos mostrar o seu preço em muitos casos. Ofereça algo valioso e por tempo limitado para dar um primeiro passo na mente do consumidor ou cliente da sua empresa.
Uma estratégia de conteúdo precisa ser escalável e às vezes é cansativo falar da mesma coisa em vários contextos diferentes. Criar conteúdo realista, vindo de usuários, é uma forma de gerar confiança e fomentar a participação dos seguidores da sua marca.
A produção de conteúdo estimula não só que sua empresa apareça mais para o seu cliente como também é uma boa isca para perceber quem são seguidores da sua empresa que podem se tornar futuros embaixadores de uma comunidade.
Crie campanhas, concursos, estimule a criação de espaços ou galerias que mostram conteúdos feitos por usuários como formas de ativar e acelerar esse tipo de estratégia. Entendendo quem são os usuários mais ativos você pode ter um embrião de uma comunidade.
Uma comunidade é uma das formas de distribuir seu conteúdo. Além de contar com usuários que compartilham conteúdos da sua marca, investir em estratégias para otimizar seu site para motores de busca (SEO), usar e-mail marketing, inbox das redes sociais ainda são algumas das outras formas de propagar sua mensagem.
Sempre que puder integre canais para facilitar o controle dos dados. Afinal de contas, uma pessoa pode conhecer sua empresa hoje, pesquisar sobre você semana que vem, mas voltar no seu site daqui há seis meses. Por isso, medir e dar a atribuição correta à mídia que distribuiu o conteúdo também faz parte do jogo.
Experiências que envolvem realidade aumentada e virtual misturam o mundo digital com o físico e podem também ser formas de pensar em conteúdos únicos e bastante criativos. Ainda falando de mídias diferentes para conteúdos, sabe aquele amigo que manda um áudio grande no Whatsapp? Ele não está sozinho.
O Brasil é o país que mais consome conteúdo por áudio por meio de podcasts. Por isso, além de pensar em conteúdo em texto e vídeo, foque em som, pois é mais uma linguagem diferente que pode ser priorizada pela sua marca.
Pare e pense: o X (também conhecido como Twitter), Facebook, Instagram, Threads (você tem uma conta lá?) estão todos mais parecidos com YouTube e TikTok. As redes sociais estão parecendo mais canais de distribuição de conteúdo do que palco para debates. Em alguns contextos, o LinkedIn ainda aparece como protagonista.
Investir em recursos visuais não vão gerar resultados diferentes se você não encontrar formas de olhar para a jornada do cliente e incorporar perguntas, preocupações e histórias que façam as pessoas prestarem atenção na sua marca.
Thiago Muniz é CEO da Receita Previsível no Brasil.