Comunicação transparente permeia a construção de reputação das marcas
Para Carol Guerrero, diretora de Atendimento e Treinamentos da NR7, uma marca forte se faz com propósito e ESG
atualizado
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No contexto atual que vivemos, ter e manter uma marca ativa, responsável e admirada é um desafio para grandes empresas, pessoas empreendedoras (PMEs) e profissionais autônomos. Estamos na era da inteligência artificial, da tecnologia e da transformação digital, mas nada disso é suficiente para manter uma empresa viva se essa não tiver reputação ilibada e transparência na comunicação.
Uma marca forte se constrói com solidez e propósito. No âmbito dos negócios é preciso ser inovadora no produto ou na prestação de serviços, mas também é necessário resolver um problema atual da sociedade, entender a necessidade do mercado e pensar quais serão os diferenciais da sua atuação para ganhar relevância e notoriedade.
Por outro lado, nos dias de hoje todos estamos expostos e sendo supervisionados 24 horas por dia. Se a sua marca não nascer com um olhar para ESG genuíno, não for responsável e não tiver líderes que sigam a mesma linha de pensamento, o caminho será mais árduo e talvez o fim chegue mais rápido do que o imaginado.
A primeira coisa que uma marca precisa entender é que desde a sua criação tudo precisa ter e ser de verdade. Desde o compromisso em servir, ouvir o cliente (customer experience) e reagir rápido quando enfrentar desafios. Não basta só entregar o que se propõe e fazer um bom atendimento. As pessoas querem se identificar com aquela marca, ter uma super experiência e se sentir pertencer ainda mais à sua comunidade com a aquisição daquele produto ou serviço. Tudo precisa estar conectado e fazer sentido para o seu público.
Além disso, o compromisso social continua sendo o principal fator na jornada reputacional. Essa tal reputação é um ativo (ou um passivo) e não é algo que se instala da noite para o dia. É necessário toda uma trilha para chegar lá.
Atualmente, as pessoas buscam consumir empresas que tenham elos sérios e reais com as causas ambientais, sociais e de governança. Não adianta uma marca ter ótima qualidade em seus produtos, atender bem o seu público e apagar um comentário negativo na internet ou um executivo tratar mal um colaborador, por exemplo. É preciso entender o cenário, apurar com responsabilidade e comunicar para que todos tenham acesso às informações e as considerem satisfatórias.
Com todo esse olhar, usar a comunicação e as multiplataformas é essencial para se conectar com as pessoas. Todos os canais precisam falar a mesma linguagem, tanto de imagem quanto de conteúdo.
O perfil do Instagram, por exemplo, deve estar alinhado com o site, as mídias pagas e também com o LinkedIn das pessoas que atuam na empresa. Só assim se cria uma base sólida, genuína e capaz de conversar com o público correto, gerando interação, insights e relacionamento entre marca e cliente.
A comunicação é um pilar muito importante na construção da imagem e da reputação, mas não atua sozinha. A era da informação, da tecnologia e das redes sociais traz consigo uma demanda significativa por transparência. O público deseja e exige que as empresas sejam cada vez mais abertas sobre práticas, propósitos, valores e até mesmo falhas.
As pessoas que empreendem e representantes de instituições precisam entender que falar e expor a verdade demonstra autenticidade da marca e colabora para a construção de confiança. Quando há sinceridade e proatividade na comunicação, mesmo em momentos sensíveis, há solidificação da reputação como uma marca confiável e comprometida.
E como fazer isso? Tudo precisa ter inteligência, estratégia e plano tático.
Construir uma marca com boa exposição, solidez e de reputação respeitável passa por ter uma comunicação contínua. É preciso entender os canais certos, ter constância, consistência, autenticidade e identificação com o público, além do poder de se adaptar às mudanças rapidamente. Só com um planejamento correto, direcionado por objetivos e centrado no cliente é que a comunicação se torna um ativo relevante para as marcas a longo prazo.
Carol Guerrero é jornalista, diretora de Atendimento e Treinamentos na NR7. Com mais de 20 anos de experiência, já atuou na comunicação corporativa de grandes marcas, concedeu mais de 300 treinamentos e capacitou mais de cinco mil pessoas.