Como conquistar a Geração Z por meio do storytelling
Com a Gen Z, as marcas precisam ir além do produto e construir narrativas autênticas e alinhadas com os valores dela
atualizado
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Nascida entre 1997 e 2012, a Gen Z está redefinindo o mercado e a forma como as marcas se comunicam. De acordo com o relatório especial A Nova Dinâmica, do Edelman Trust Barometer 2022, 62% dos brasileiros apontam que essa geração influencia no que eles compram.
Sibele Monice, especialista em comunicação, destaca que a Geração Z é marcada por uma imersão profunda no mundo digital. “É uma geração que tem consciência social, são engajados, se preocupam com questões sociais e tendem a apoiar marcas que refletem seus valores.”
Para conquistar esse público exigente, as marcas precisam ir além de oferecer produtos de qualidade. A Geração Z busca por experiências e por marcas que compartilhem dos mesmos valores. Isso porque, segundo o mesmo relatório do Edelman, dois terços da Gen Z brasileira praticam ativismo na hora de escolher uma marca.
A importância do storytelling para a Geração Z
O storytelling é a arte de contar histórias, e se tornou fundamental para conectar-se com a Geração Z, que é motivada por narrativas autênticas, emocionantes e que ressoam com os próprios valores.
As narrativas bem construídas podem influenciar as decisões de compra dessa geração ao conectar-se com a história de uma marca. Assim, os consumidores se sentem mais inclinados a adquirir produtos ou serviços.
Um ponto importante a pensar-se é que as estratégias não são mais lineares, o contato agora é feito de diferentes formas e ordens, por isso o storytelling se tornou muito mais sobre constância e consistência.
Por exemplo, nada impede de você ser impactado primeiro pela marca no digital e depois pelo comercial na TV.
Atualmente não é viável fazer apenas uma menção pontual e esperar que o resultado venha a longo prazo, as marcas devem se fazer presentes de forma frequente e recorrente.
O que a Geração Z espera das marcas?
“As marcas não podem ser uma interrupção para os consumidores, mas sim fazer parte de conversas”, pontua Luiz Menezes, fundador da Trope, consultoria de Geração Z.
Os consumidores da Gen Z já têm uma voz, mas querem ser ouvidos. Esses consumidores querem participar do processo de criação e desenvolvimento dos produtos e serviços. Eles buscam marcas que os envolvam nas decisões e os façam sentir parte da comunidade.
Além da personalização, quando a pessoa é tratada como ser individual e não apenas coletivo, é preciso que a empresa realmente crie uma jornada para cada consumidor, uma experiência única, e não apenas um disparo em massa, como era no passado.
Como as marcas podem construir narrativas eficazes?
Os novos consumidores desejam que seja possível personificar a marca. Por isso, a creator economy veio com um papel muito forte, que por meio dos criadores consegue tangibilizar histórias.
Um exemplo desse método é o novo comercial do McDonald’s, que conta a história de pessoas reais que viveram momentos especiais na lanchonete. Dessa forma, conectando-se com os consumidores. Afinal, vulnerabilidade e autenticidade geram conexão genuína.
Alguns pontos que ajudam a construir essas narrativas são:
- Entenda o seu público: faça pesquisas para entender os valores, interesses e comportamentos da Geração Z.
- Seja relevante: crie conteúdos que sejam relevantes para a vida dos consumidores.
- Use diferentes canais: explore diversas plataformas digitais para alcançar a Geração Z, como TikTok, Instagram, YouTube e Twitch.
- Colabore com influenciadores: os influenciadores digitais têm grande poder de influência sobre a Geração Z.
- Mantenha a consistência: construa uma narrativa forte e consistente em todos os canais de comunicação.
Ao adotar essas estratégias, as marcas podem criar conexões significativas com a Geração Z e se destacar em um mercado que está em constante evolução.