Como as marcas podem conquistar o consumidor em 2025
As marcas que vão se destacar serão aquelas que, ao aliar criatividade e tecnologia, oferecerão experiências personalizadas aos clientes
atualizado
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A previsão para 2025 é moldada por uma realidade complexa. O Brasil ainda enfrenta dificuldades econômicas, com famílias endividadas e uma recuperação que não avança de maneira homogênea.
Enquanto a política do país segue marcada por reformas e desafios fiscais que influenciam diretamente o comportamento de consumo, a capacidade de adaptação das marcas será essencial para navegar no mercado.
Neste contexto, o papel crescente da inteligência artificial, da personalização em escala e da sustentabilidade se destacam como pilares para as estratégias de marketing.
Segundo o especialista em marketing, Roberto Ribas, as marcas devem adotar uma abordagem flexível para lidar com essas flutuações. “No Brasil, qualquer previsão precisa considerar o contexto econômico e político. São variáveis que influenciam muito qualquer movimento de consumo”, afirma.
Confira as principais mudanças no comportamento do consumidor que afetará o movimentos das marcas:
1. Busca por excelência criativa:
Um dos maiores desafios para os próximos anos será a recuperação do potencial criativo. Por isso, as marcas devem focar em buscar o equilíbrio entre eficiência e criatividade.
Ao automatizar processos, a IA libera mais tempo e recursos para que as equipes possam se concentrar em narrativas mais profundas e que ressoem com o público.
É a chance das equipes de marketing de focar em estratégias mais criativas e emocionais.
“A busca pela performance, que muitas vezes tornou a publicidade mais rasa e voltada apenas para métricas como cliques e conversões, dará lugar a uma publicidade mais criativa e envolvente”, explica o especialista.
2. Personalização em escala:
No próximo ano, a demanda por experiências personalizadas vai se intensificar ainda mais.
Os consumidores esperam que as marcas não apenas conheçam suas preferências, mas também antecipem suas necessidades, oferecendo experiências e produtos alinhados ao contexto do momento.
“Aqui, entra o conceito de inteligência contextual, onde as marcas precisarão interpretar o ambiente e o estado emocional do consumidor para entregar mensagens e produtos de maneira oportuna e relevante.”, afirma Roberto Ribas.
3. Sustentabilidade:
Outro tema que ganha relevância é a sustentabilidade. Os consumidores estão cada vez mais atentos ao impacto ambiental e social das marcas.
A preservação da Amazônia e o uso responsável dos recursos naturais são temas que vêm ganhando força na opinião pública, impulsionando as marcas a adotar e comunicar as práticas de forma clara e autêntica.
No entanto, no Brasil, a realidade econômica exige que as empresas encontrem formas de oferecer sustentabilidade de maneira acessível.
Sustentabilidade não pode ser vista apenas como um diferencial de imagem, mas como uma necessidade estratégica para construir a lealdade do consumidor.
Para as marcas brasileiras, isso significa adotar práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) de maneira acessível, alinhadas ao orçamento do consumidor.
4. Diversidade e inclusão:
Outro ponto essencial para as marcas em 2025 será a diversidade e a inclusão. A diversidade nas equipes de marketing é fundamental para a criação de campanhas mais criativas e representativas.
“A diversidade enriquece as narrativas e amplia o repertório criativo. Marcas que conseguem integrar diferentes perspectivas em suas equipes têm mais chances de se conectar com um público mais amplo e diversificado”, pontua o especialista.
A inclusão, por sua vez, é uma necessidade para construir equipes mais fortes e adaptáveis. A representatividade nas campanhas e o compromisso com a inclusão podem ser diferenciais decisivos para a construção de uma marca forte e relevante.
5. Omnicanalidade:
Em relação à experiência de compra, a tendência é que o consumidor em 2025 espere uma jornada mais fluida, personalizada e sem atritos.
A omnicanalidade será crucial, com a integração de canais como chatbots, WhatsApp e outros sistemas just-in-time que permitem a comunicação direta e personalizada entre marcas e consumidores.
No entanto, Ribas alerta para um possível desafio: a perda da humanização no processo. “As marcas precisam encontrar o equilíbrio entre a eficiência da IA e a conexão emocional com o consumidor. A automatização não pode substituir a empatia e o entendimento das necessidades reais das pessoas”, finaliza.