Com o e-commerce, muita gente perdeu o medo da tecnologia, diz Google
Gleidys Salvanha, diretora de Negócios para o Varejo no Google Brasil, falou como a pandemia fortaleceu ainda mais o e-commerce
atualizado
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São Paulo — Durante o isolamento social motivado pela pandemia da Covid-19, o Google fortaleceu ainda mais o e-commerce, uma vez que o número de compras on-line saltou consideravelmente no período.
Prova disso foi um levantamento feito pela Magis5, startup que desenvolve soluções para integração com players de marketplaces e plataformas de e-commerce, que mostrou que a modalidade segue em crescimento na América Latina e alcançou a marca dos R$ 139 bilhões no ano passado.
Diante dessa perspectiva e também para entender as estratégias para fortalecer e-commerce do Google, bem como as tecnologias podem influenciar no período pós-pandemia, o Metrópoles entrevistou Gleidys Salvanha, diretora de Negócios para o Varejo do Google Brasil, durante o evento Black Friday Connections Store 2022, que ocorreu em São Paulo, nessa quinta-feira (29/9). O Metrópoles fez a cobertura do evento que trouxe dados da gigante de tecnologia sobre a percepção dos consumidores para a temporada deste ano.
Entre os assuntos abordados, foram destacados os resultados orgânicos das buscas do Google onde não existe nenhum favorecimento para empresas, sejam grandes ou de pequenos negócios, ou seja, o foco é voltado para estratégias de negócio do mecanismo de buscas nas plataformas de publicidade, refletindo aquilo que o algoritmo diz que é mais relevante para o usuário.
No evento, também foi apresentada uma pesquisa encomendada ao Instituto Ipsos pelo Google que mostrou os itens que os brasileiros pretendem comprar. Entre eles, roupas e acessórios, livros, calçados, celulares, televisores, decoração, móveis, brinquedos, games, bebidas e etc. Confira a entrevista com a executiva:
Como o Google fortaleceu o e-commerce na pandemia da Covid-19?
O que melhor fizemos foi apoiar os nossos clientes, pois quando tudo começou ninguém sabia direito o que estava acontecendo, com o fechamento das lojas e shoppings. Então, o que fizemos foi suportar tudo o que os clientes precisavam com times on-line muito próximos. E, claro, mostrando para eles o tempo todo o que as nossas ferramentas e pesquisas traziam sobre aquele momento. Nesse período, ficamos mais próximos ainda, porque precisávamos, assim como eles, entender o que estava acontecendo e qual era a melhor maneira da ajudá-los.
Além das estratégias de SEO, o que o Google oferece para ajudar a alavancar as empresas dentro do contexto do Marketing Digital/publicidade?
Nossa estratégia desde sempre é o jeito que atendemos os clientes. Hoje, os grandes clientes do Google são atendidos praticamente por uma equipe de consultoria. Nós buscamos entender quais são os objetivos de negócio dos clientes, o que eles precisam e, depois, juntamos tudo isso com as nossas plataformas e ferramentas. Acredito que esse é o grande jeito de melhorar a nossa estratégia, pois ela é colada diretamente na estratégia do cliente.
Como as novas tecnologias podem influenciar nas mudanças advindas do cenário de pós-pandemia?
O que vimos nas pesquisas, inclusive, é essa mudança radical do consumidor. Todos nós mudamos. A gente teve uma entrada de pessoas no e-commerce muito grande e, com isso, muita gente perdeu o medo da tecnologia. Com a pandemia, as pessoas aprenderam a fazer compras e tudo isso ficou muito mais próximo e, hoje, esse consumidor muito mais multicanal escolhe onde quer comprar.
A loja física continua lá, ele segue frequentando, mas tem a opção de comprar na loja física ou escolher o produto e comprar no on-line da própria loja. Ou, até mesmo, voltar para casa e pensar, porque é uma jornada que não é mais linear.
Todos esses caminhos entre os canais estão muito mais amplos, porque ele aprendeu a comprar em vários lugares, pesquisar muito mais, ou seja, ele está muito mais preparado para fazer essas escolhas. Essa aproximação fez muita gente perder o medo de comprar na Internet. A pandemia nos forçou a ter mais e-shoppers. Esse match entre a tecnologia e o consumidor foi muito bom para o mercado.
Agora estamos no momento de preparo para a temporada que vem junto à Copa do Mundo. Quando olhamos o otimismo que vem das pesquisas do consumidor é hora de ajudá-lo a comprar o que ele precisa.