Com mais de 100 mil inscritos, app Quik, da GoPro, lança recurso de backup
Em entrevista exclusiva ao Metrópoles, o CEO e fundador da empresa, Nick Woodman, conta detalhes da novidade
atualizado
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Focada em ajudar usuários ao redor do mundo a celebrar e compartilhar registros e momentos, a GoPro foi fundada no início dos anos 2000 e segue até hoje como uma dos protagonistas no desenvolvimento de ferramentas de tecnologia para os amantes de fotografia.
Atualmente, a empresa norte-americana comercializa câmeras semiprofissionais portáteis, bem como o aplicativo Quik e outros gadgets. A mais recente novidade é o lançamento nesta quarta-feira, 25 de agosto, do recurso de backup automático para a nuvem.
De forma prática, a nova funcionalidade garante que qualquer criação dos usuários no app Quik ou o que for postado no mural da ferramenta pode ser salvo como garantia, incluindo as edições nas fotos. Para o CEO e criador da GoPro , Nick Woodman, a criação é de extremo valor, especialmente porque as pessoas têm muito medo de perderem essas memórias.
O desenvolvimento foi baseado em evidências, já que a empresa de tecnologia promoveu um estudo, conduzido pela OnePoll, examinando alguns dos comportamentos e frustrações dos usuários.
Um dos pontos revelados foi que quase metade dos entrevistados alegou já ter perdido algum registro o apagando acidentalmente. Os dados indicaram que os usuários lidam com rolos de câmera cada vez mais cheios e, por isso, acabam forçados a excluir outras capturas devido à falta de espaço para armazenamento.
A pesquisa reuniu cerca de 4 mil pessoas em oito países (EUA, Austrália, França, Alemanha, Índia, Japão, Coreia do Sul e Inglaterra). Entre as conclusões, constatou-se que uma pessoa perde em média 11 “memórias queridas” por ano no aparelho.
Mudanças
No início de 2021, o GoPro App mudou de nome e passou a chamar-se Quik. Com uma anuidade de R$ 37,99, funciona como uma espécie de galeria de fotos para que as pessoas possam organizar o rolo da câmera e nunca mais perderem o controle das imagens favoritas.
O mais legal é que elas não necessariamente precisam ser captadas com uma câmera GoPro. Os recursos se assemelham aos do Google Fotos. Ou seja, o internauta pode organizar imagens de um evento específico em um vídeo com música, por exemplo.
Segundo Woodman, a mudança foi pensada para transformar o aplicativo em algo mais acessível a todos. “Nosso objetivo é fazer o uso ser conveniente, divertido, além de fácil de editar e compartilhar”, comenta.
Hoje em dia, o app funciona de maneira privada. Ou seja, cada usuário tem um “mural” para organizar as lembranças, mas a empresa não descarta transformar a experiência em mais uma rede social. “Somos bons ouvintes. Por isso, se por ventura, nossos usuários nos disserem que querem isso, poderemos pensar. Estamos sempre aprimorando a usabilidade”, complementa.
A plataforma Quik atualmente soma mais de 100 mil inscritos e a perspectiva é de mais crescimento, especialmente com o mercado de criação de conteúdo em alta. Woodman relembra, inclusive, que a “explosão” da GoPro se deu com as expansões do Instagram, Facebook e YouTube. “Foi uma forma de contribuir para o desejo das pessoas de se expressarem cada vez mais”, conclui.