“Capture leads qualificados com sua Live Commerce”, diz CEO da Mimo

De origem chinesa, o nome Live Commerce vem ganhando destaque mundo afora. O significado do termo pode ser definido como uma modalidade de venda por meio de streaming em que há bastante interação entre o vendedor e o comprador. O processo ocorre por meio de uma transmissão ao vivo. Entretanto, vale questionar quais os benefícios que essa modalidade realmente oferece tanto para as marcas quanto para os consumidores.

Esse questionamento foi debatido, nesta quinta-feira (7/4), durante o painel “Live Commerce – Como vender 10x mais do que no e-commerce” da Gramado Summit. Monique Lima, CEO e co-founder da Mimo, plataforma de shopstreaming da América Latina, foi a palestrante da vez no Palco Share.

Com o isolamento social motivado pela pandemia de Covid-19, o mundo se viu obrigado a repensar alguns hábitos, e um deles foi o de compras pela internet. Nesse contexto, as marcas começaram a investir em novas modalidades de venda, como a Live Commerce.

“Além de poder comprar de uma forma mais otimizada, a marca consegue vender durante uma live para 100 ou para 100 mil pessoas ao mesmo tempo. Na China, os números são bem mais específicos. Nós já tivemos uma live com 35 mil pessoas interagindo no chat, perguntando e querendo comprar. Tudo isso ao mesmo tempo”, afirmou Monique.

Durante a palestra, a profissional trouxe exemplos de influenciadores da China que vendem produtos por meio da modalidade como Viya, que se tornou bilionária vendendo para as marcas e foi considerada a rainha do Live Commerce na China. Monique também lembrou de Austin Lee, que vendeu 15 mil batons em apenas cinco minutos numa live.

E-commerce x Live Commerce

Enquanto o e-commerce permite que o usuário entre em um site para comprar produtos, o Live Commerce é um business de recorrência que permite que a pessoa compre ao vivo e diretamente com a marca.

“Hoje, na América Latina, há uma penetração de e-commerce de 9% e, quando entramos nessa modalidade, podemos navegar em várias URLs e ver o mesmo produto em sites diferentes, o que gera menor conversão no varejo”, explicou Monique Lima, ressaltando que o e-commerce é uma experiência solitária de compra e sem espaço para interação.

A executiva trouxe dados por segmento em que demonstrou que a conversão média do e-commerce global é de 2%, enquanto que, no Live Commerce da Mimo, a conversão média é de 7%, podendo chegar a 30% em alguns setores. “Podemos pegar como exemplo a C&A, que tem audiência média de 7 mil visualizações, podendo chegar a 12 mil em lives específicas. A marca tem um índice alto de conversão e chega a vender 800% no aplicativo entre 19h e 21h no Live Commerce.”

Vantagens

Experiência pessoal, confiança no processo de compra, tangibilidade de produtos, demonstrações funcionais ao vivo e mais vendas são alguns dos benefícios da modalidade. “Se 100 pessoas estão participando de uma live e 20 estão comentando no ao vivo ou fazendo perguntas, isso quer dizer que o índice de intenção de compras é grande”, pontuou.

Ainda de acordo com ela, muitos clientes perguntam como fazer uma live commerce. No entanto, a maioria pensa que precisa ser uma produção com câmera e equipamentos de ponta. “Não há problemas nisso, mas é necessário ter em mente que essa live precisa ser espontânea e ter, em média, uma hora de duração.”

Sem contar que o conteúdo é uma parte extremamente importante, pois deve ser pensado para deixar o consumidor interessado e tornar as lives mais atraentes, bem como planejá-lo para estar atrelado ao público-alvo.

A CEO da Mimo ainda apresentou a média de acessos simultâneos  para alguns segmentos.  As lives tem, em média, uma hora de duração, mas as pessoas ficam na transmissão apenas cinco minutos. Moda, por exemplo, as pessoas permanecem, em média, cinco minutos. Já Beleza (6 minutos), Eletro (14) e Casa & Decor (8). “Mais do que atrair um grande público, é importante capturar leads qualificados para a live”, ressaltou Monique.