Buscas no Google são intencionais e há valor na pesquisa, diz Reynolds
No RD Summit, americano disse que profissionais de marketing esqueceram que SEO serve para várias vertentes, não só para criar conteúdo
atualizado
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Santa Catarina — Os vídeos chegaram para ficar como as estrelas de conteúdo na internet. E, sim, as empresas terão que investir cada vez mais em plataformas como TikTok, YouTube, Reels do Instagram e por aí vai. Por isso, é melhor aprender – o mais rápido possível – a investir nesse formato e fazer com que seu cliente chegue a ele. Essa foi a essência da palestra do norte-americano Wil Reynolds, founder e vice president of innovation da Seer Interactive, nesta sexta-feira (28/10), durante o RD Summit, evento de marketing digital e vendas da América Latina, no qual o Metrópoles está presente para cobrir os principais cases que permeiam os setores.
Reynolds é um dos mestres do SEO (Search Engine Optimization), técnicas usadas para promover páginas na internet nas pesquisas de motores de buscas, como o Google, “mas não só da gigante de tecnologia”, frisa o especialista. Segundo ele, boa parte dos profissionais de marketing digital, acostumada a trabalhar com conteúdo em texto, está perdida em meio à ascensão de plataformas como o TikTok. Mas, enquanto as pessoas se perguntam se o aplicativo vai matar o Google, ele lembra: “O Google tem 20 anos de conhecimento acumulado sobre o que as pessoas pesquisam na internet e, tão importante quanto, como elas pesquisam”.
Na avaliação de Reynolds, as pessoas estão angustiadas porque esqueceram (ou não aprenderam) que SEO não serve apenas para otimizar ou criar conteúdo exclusivamente em texto, nem exclusivamente para o Google. Apenas 5% dos profissionais de marketing e vendas das empresas usam o Google para entender seus clientes, o que é um desperdício. “Use a linguagem que os seus clientes usam para pesquisar, e, assim, seu conteúdo vai ranquear bem em várias plataformas, incluindo as de vídeo”, diz o americano, que é co-fundador e CEO da Seer Interactive, empresa especializada em marketing digital e big data.
“É preciso lembrar que as buscas no Google são intencionais, e existe valor na intenção”, ensina. As pessoas entram ali com a expectativa de encontrar algo, e o Google aprendeu que quando elas digitam o nome de uma doença, geralmente querem saber sobre seus sintomas e como se tratar. É diferente, pelo menos por enquanto, das plataformas de vídeos curtos, que bombardeiam o usuário com sugestões. Uma busca pela mesma doença no TikTok, por exemplo, pode trazer vídeos e mais vídeos de pessoas contando como descobriram a doença, sem que a informação desejada apareça.
Por último, o especialista em dados deu uma dica valiosa: “Use a inteligência artificial do Google para avaliar seu conteúdo de vídeo”. A ferramenta mostra como o motor de busca “enxerga” a imagem e, portanto, como vai entregá-la a quem faz a pesquisa. Uma busca sobre “iluminação externa de ambientes”, por exemplo, pode trazer imagens noturnas de piscinas iluminadas, mas também podem trazer a foto de um poste de luz. Daí a importância de entender a linguagem utilizada pelo seu cliente para conseguir ranquear suas peças.
A 8ª edição do RD Summit 2022 termina nesta sexta-feira, 28/10, em Florianópolis (SC). Desde quarta-feira (26/10), o evento trouxe à tona discussões como criação de conteúdo relacionada a empreendedorismo, estratégia de marketing, relacionamento com marcas e muito mais.