Na era digital, a construção de uma marca forte é fundamental para o sucesso de qualquer empresa. Em um cenário altamente competitivo, onde a atenção do público é disputada a todo momento, é essencial que as marcas possuam uma identidade própria e autêntica que atraia e fidelize clientes. Nesse contexto, a criação de um avatar ou brand persona tem se destacado como uma tendência inovadora. Empresas como Magalu, compreenderam essa estratégia de forma pioneira, construindo suas audiências com avatares que se tornaram referência de sucesso na construção de marcas fortes e autênticas.

O avatar, ou personagem, é uma extensão da identidade de um negócio, não só visual, mas intelectual. Ele pode ser utilizado para representar os valores, a personalidade e a missão de uma marca, além de se conectar de forma mais efetiva com o público-alvo. Além de ser uma ferramenta eficiente para promover o engajamento do público, também reafirma uma estratégia mais ampla de inclusão digital.

A criação de um avatar demanda um elevado nível de dedicação e consistência por parte de um time de marketing. O avatar, muitas vezes visto como o maior e mais poderoso influenciador de um negócio, deve ser cultivado com grande cuidado, com a finalidade de colher os frutos de uma relação de profunda conexão com o público. Através de interações que gerem reciprocidade e identificação, é possível estabelecer um vínculo emocional duradouro entre a marca e seus seguidores.

Assim como o processo de se conectar com alguém no mundo físico e manter uma amizade forte e duradoura, a criação e manutenção de um avatar requer uma gama de habilidades. O avatar é a figura que representa a marca e interage com a comunidade de forma mais passiva do que uma relação humana, tornando essencial uma compreensão aprofundada das necessidades e desejos do público para construção de uma persona autêntica e coerente com a identidade da marca.

É necessário definir as características do avatar, como a sua idade, gênero, valores, objetivos, história de vida, entre outras características que vão ajudar a construir a sua personalidade. A Magalu, por exemplo, criou a Lu, um avatar que representa a marca e que tem uma personalidade única e cativante. A Lu nasceu em 2003 como Tia Luiza, com o objetivo de humanizar a experiência de compra no e-commerce do Magazine Luiza. Em 2009, ela mudou de nome e se tornou a influenciadora digital que hoje é conhecida. Com mais de 31 milhões de seguidores nas redes sociais, a Lu é contratada por outras marcas para fazer propaganda e tem a capacidade de monetizar sua audiência, embora não seja uma figura real. Sua humanização é a chave do seu sucesso.

Marcas e negócios têm reconhecido a importância de construir uma conexão mais profunda com seus clientes e de humanizar a relação com as suas comunidades. Nesse contexto, os avatares têm se mostrado uma estratégia inovadora e bem-sucedida. Assim como a  Lu, a Leite Moça e as Casas Bahia também apostaram na criação de seus próprios avatares, que se tornaram elementos essenciais para o sucesso dessas marcas e hoje são amplamente reconhecidos pelo público.

Com o avanço da tecnologia e considerando o uso de inteligência artificial cada vez mais acessível nos próximos anos, podemos esperar um futuro ainda mais promissor com relação às conexões entre pessoas, marcas e seus avatares. Além disso, a inclusão digital se tornará ainda mais importante, permitindo que as marcas se conectem com uma audiência cada vez mais diversa e global.

Podemos esperar uma evolução constante nessa relação e um futuro brilhante para aqueles que souberem aproveitar essa tendência inovadora de forma consistente e estratégica.

Amanda Marques é engenheira de produção e atuou nos últimos 6 anos construindo e posicionando negócios na área de tecnologia e marketing. Hoje atua como CMO na Lumx Studios e é uma das principais vozes femininas quando o assunto é Web3, além de ter fundado uma das primeiras comunidades voltadas para educar e capacitar mulheres para o mercado brasileiro.