A Associação Brasileira de Anunciantes (ABA) divulgará esta semana um documento que propõe que o mercado estabeleça uma nova autorregulação, diferente das regras que estão em vigor hoje com a atuação do Conselho Executivo dasNormas-Padrão (Cenp). O órgão foi criado há 22 anos para mediar as relações comerciais entre anunciantes, agências e veículos.

A ABA propõe, entre outras coisas, mais transparência e livre negociação nas relações comerciais; a não  obrigatoriedade de certificações de agências e de tabelas fixas de desconto-padrão e auditoria e medição de audiência e efetividade da mídia por terceiros imparciais.

A movimentação, no entanto, tem gerado desconforto e alguns impasses no mercado. A ABA, inclusive, já havia pedido desligamento do Cenp por defender a livre negociação.

Em carta, o presidente da Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap), Mario D’Andrea, criticou a atitude da ABA. Segundo ele, o “ambiente correto” para o mercado tratar regulamentação comercial é o Cenp, onde estão acontecendo discussões internas pela modernização das normas-padrão. Ele relembra que desde o final do ano passado, a consultoria Traduzindo o Futuro (ToF) vem coletando as percepções do mercado para guiar a reformulação do Cenp.